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Importantes regiões agrícolas do Brasil, cujos cultivos têm sido afetados por condições climáticas desfavoráveis neste ano, deverão registrar chuvas e ver a umidade do solo melhorar nos próximos dias.

Segundo a empresa Geosys Brasil, dados do modelo europeu indicam chuvas acima da média para partes de São Paulo e Paraná, além de áreas em Minas Gerais e do Centro-Oeste. Por outro lado, grande parte do Paraná – maior produtor de trigo do país – seguirá com precipitações abaixo da média.

Canavial em Sertãozinho (SP) (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

 

"A baixa umidade do solo deve ser monitorada nos próximos dias e, caso não haja alteração de cenário, pode ocorrer limitação do potencial produtivo", disse em nota o analista de culturas da Geosys Brasil, Felippe Reis.

Conforme a empresa, nos últimos dez dias, parte das lavouras de trigo do Rio Grande do Sul recebeu chuvas acima da média para o período, mas nas demais áreas produtoras, caso do Paraná e São Paulo, os volumes ficaram muito abaixo da média.

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Mesmo no Rio Grande do Sul, que recebeu chuvas mais significativas, a região noroeste permanece com umidade abaixo do normal e as precipitações para os próximos dias não devem atingir a média. A seca tem mantido a umidade baixa desde o início de julho no Estado, e o balanço hídrico evidencia um estresse recente, afirmou a Geosys.

Em informativo conjuntural publicado nesta quinta-feira (26/8), a Emater-RS reiterou que os últimos sete dias foram de chuvas expressivas no Estado, mas que as áreas de trigo tiveram grande amplitude térmica, precipitações isoladas e baixo acumulado, o que faz com que regiões menos úmidas sigam com desenvolvimento lento.

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Atualmente, a safra de trigo do Rio Grande do Sul – segundo maior produtor do Brasil – tem 3% das lavouras em fase de enchimento de grãos, ante 7% na média histórica para o período, enquanto 20% estão em floração (média histórica de 26%) e 77% em germinação ou desenvolvimento vegetativo (média de 67%).

No Paraná, segundo a Geosys, as chuvas na zona de trigo ficaram 62,3% abaixo da média em julho e, até quarta-feira, tinham índice 72,6% inferior à média em agosto. "Desde o início de julho, a precipitação acumulada está no menor patamar dos últimos 30 anos e, mesmo com a previsão de boas chuvas para algumas regiões do Estado, o volume mensal deve ficar abaixo da média."

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São Paulo e Minas Gerais

São Paulo deve registrar algum alívio nos próximos dias em sua área de trigo na região dos municípios de Capão Bonito e Itapetininga, que têm previsão de chuvas, mas ainda se vê impactado pelo baixo volume de precipitações acumulado desde julho – o menor dos últimos 30 anos.

O noroeste paulista, que possui importante área de cana-de-açúcar, também passa pela maior estiagem em três décadas, mas não enxerga sinais de melhora: a previsão aponta baixo volume de chuvas na região para os próximos dias, segundo a Geosys.

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A empresa indicou ainda que o Triângulo Mineiro, grande região produtora de café, registrou apenas 0,09 milímetro de chuva em agosto. O sul e sudeste do Estado, por sua vez, tiveram bom volume de chuvas em fevereiro, mas nos demais meses a seca prevaleceu.

"Além disso, entre o fim de junho e início de agosto, foram registradas três quedas bruscas de temperatura, o que permitiu a ocorrência de geadas na região", ressaltou a Geosys. "A associação de seca mais geadas danificou fortemente as lavouras de café na região."
Source: Rural

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