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Saber como os principais setores da economia brasileira podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ter um planejamento para que cada município possa, na prática, ser mais limpo. É o que o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) propõe no primeiro guia de políticas públicas, lançado nesta sexta-feira (20/8).

Transporte, energia elétrica, mudança de uso da terra, agropecuária e resíduos são os segmentos mais relevantes para o catálogo, que contém uma série de fichas descrevendo políticas públicas, tipo de financiamento, prazo de aplicação, impacto em emissões e co-benefícios, entre outros aspectos. Tudo construído a partir do diagnóstico das emissões dos 5.570 municípios do Brasil durante o ano.

A integração entre floresta e pecuária já recebeu certificações no país e é forma de produzir e sequestrar os gases de efeito estufa simultaneamente (Foto: Gabriel Faria/Embrapa)

 

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De acordo com o Observatório do Clima, responsável pelo SEEG, no setor de agropecuária, a maior parte das emissões é decorrente do rebanho bovino e uma das principais formas de redução dos gases, como o dióxido de carbono e o metano, é a recuperação de pastagens degradadas. E o guia auxilia no caminho para a recuperação, a fim de se tornar uma ferramenta factível, desenvolvida para a realidade brasileira. 

Apenas para este segmento são indicadas 16 soluções, que também incluem expansão dos sistemas agroflorestais, redução da aplicação de defensivos químicos, estimular adoção de boas práticas para o solo, entre outros.

O documento também aponta nove soluções práticas para reverter os prejuízos das mudanças de uso da terra, responsável pela maior parte das emissões brutas do Brasil. Algumas das sugestões são a arborização urbana e programas de pagamentos por serviços ambientais, que independem do controle e da fiscalização do desmatamento nas esferas federal e estadual.

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Em meio à crise hídrica e energética, também chama a atenção que 37 soluções são voltadas ao setor de energia, fomentando a geração de energia limpa, o estabelecimento de entrepostos locais de comercialização de alimentos em bairros adensados e aprimorar a logística e a mobilidade, tanto na cidade quando no campo.

"A ideia do SEEG Soluções é ser um guia muito prático e fácil de acessar, que descreve, de forma simples e objetiva, ações que podem ser adotadas pelos municípios de acordo com o perfil de suas emissões", afirma Tasso Azevedo, coordenador geral do SEEG.

Apoiado pela União Europeia e outros membros do cenário internacional, o SEEG foi criado em 2012 para atender a uma determinação da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), sendo a primeira iniciativa nacional de produção de estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa para toda a economia.

Source: Rural

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