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A AgroGalaxy, uma das maiores empresas de insumos agrícolas no varejo, atingiu ao final de junho mais de R$ 1 bilhão em vendas por meios digitais, desde que o esquema foi implantado em outubro, e avalia que os sistemas poderão ajudar no aumento do faturamento da companhia, que busca ser consolidadora do mercado de revendas ainda bastante pulverizado.

A receita líquida atingiu R$ 4,74 bilhões em 12 meses encerrados em junho, com alta de 30% na comparação com o período anterior, também no embalo de preços e maiores volumes de vendas, informou a companhia.

"Vemos (as vendas digitais) como uma ferramenta de aumento de produtividade. Usando o digital estamos liberando o consultor técnico para atender novos clientes ou ampliar os clientes atuais", afirmou à Reuters o presidente-executivo da AgroGalaxy, Welles Pascoal.

Produtor em lavoura de soja (Foto: Sergio Ranalli)

 

Desde outubro, os clientes da empresa já podem fazer várias operações com auxílio digital, como autorização de faturamento de mercadorias, e em maio deste ano a companhia lançou um aplicativo específico, já usado por 3 mil dos 18 mil clientes da AgroGalaxy, afirmou o CEO.

A companhia, além de atuar na venda de insumos, oferece uma série de serviços aos produtores agrícolas com os quais faz negócios, como armazenagem e secagem dos grãos recebidos, além de auxílio na comercialização dos produtos.

As vendas de insumos costumam representar cerca de dois terços da operação da AgroGalaxy, enquanto os negócios de grãos respondem pelo restante.

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Em grãos, dois terços são referentes à originação junto aos produtores, enquanto um terço é obtido via "barter" (as tradicionais operações de travamento de vendas antecipadas de produtos agrícolas em troca de insumos).

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado aumentou 67% em 12 meses, para R$ 294,5 milhões, com as vendas viabilizadas por meios digitais colaborando para diluir despesas, notou o diretor financeiro Mauricio Puliti, explicando que o indicador de 12 meses permite uma melhor visão do negócio, impactado por sazonalidades, como períodos de plantio e colheita.

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No segundo trimestre, o Ebitda ajustado somou apenas R$ 2,5 milhões, por exemplo, enquanto a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 51,4 milhões. Em 12 meses, teve aumento de 81,6% no lucro líquido, para R$ 78,1 milhões.

Segundo Puliti, a maior parte do aumento do Ebitda se deve a maiores volumes vendidos, enquanto uma parcela menor se deve a preços mais altos.

Agora com 108 lojas em nove Estados brasileiros, a empresa também ampliou vendas com novos pontos de negócios –até o final do ano passado, contava com 93 estabelecimentos. Das 15 novas lojas, sete foram incorporadas via aquisição.

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"Segue a linha de crescer dos dois lados, consolidando e abrindo lojas novas", disse o CEO, ressaltando que o recente IPO levantou 333 milhões de reais, que serão utilizados para aquisições (70% dos recursos) e crescimento orgânico.

Welles lembrou que, embora a companhia seja uma das líderes em revenda de insumos, detém apenas 4% de um mercado que gira em cerca de 110 bilhões de reais por ano, no qual atuam 5.500 companhias.

"O nosso objetivo é liderar esse processo de consolidação, o Brasil entre os importantes produtores agrícolas é o que é mais fragmentado na distribuição de insumos. Nos Estados Unidos, seis empresas detêm 50% do mercado", afirmou.

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A companhia trabalha em geral com produtores que cultivam soja e milho em áreas de 200 a 10 mil hectares, enquanto produtores maiores, que representam 30% do mercado, compram direto das empresas de insumos, sem intermediação das revendas.

Cerca de 94% das vendas da companhia são para produtores de soja e milho. Uma outra parcela de clientes inclui cafeicultores em Minas Gerais e São Paulo.

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Source: Rural

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