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Alimentar quem tem fome durante a pandemia da Covid-19. Esse é o mote do programa Agro Fraterno coordenado pelo Ministério da Agricultura, com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), de outras 47 entidades do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e do sistema CNA/SENAR, além da parceria do ministro da Cidadania, João Roma.

O cooperativismo brasileiro sabe de sua responsabilidade social e assumiu o compromisso de defender famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar nesse momento de tantos desafios. Com a adesão de toda a cadeia produtiva do país, buscamos realizar um gesto de cidadania, criando mecanismos de solidariedade e ampliando as possiblidades para a chegada de alimentos nas mesas dos brasileiros.

 

O cooperativismo colaborou com a doação de mais de mil toneladas de alimentos. Em termos de recursos financeiros, estamos falando em R$ 14 milhões que as cooperativas já aportaram nas ações de doação de alimentos e fomento do programa Agro Fraterno.

São números realmente significativos por parte do nosso setor e temos certeza absoluta que esse quantitativo continuará crescendo, uma vez que esse movimento solidário não tem data para ser encerrado.

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Apesar das consequências causadas pela pandemia, o setor cooperativista não parou e vem chamando a responsabilidade para diversas questões sociais. Estamos incentivando os nossos associados a participar do programa, afinal, sabemos a diferença que cada doação tem na vida de milhares de pessoas que realmente precisam.

Como apontam estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, por conta da pandemia, o número de pessoas com privação de alimentos chegou a 19 milhões, sendo que a maior parte delas se encontra nas regiões Norte (18,1%) e Nordeste (13,8%). Nas regiões Sul e Sudeste o índice é de 6% e, no Centro-Oeste, de 6,9%.

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Para minimizar os efeitos da fome, a OCB também tem participado de vários outros debates importantes. Todas as entidades do agro se juntaram e, nesse processo, não tem ninguém menor ou maior, estamos todos juntos para fazer esse grande programa de entregas de cestas básicas por todas as regiões do Brasil.

A união de forças e o gesto simbólico de cada um, pode combater o sofrimento de muita gente, mas, mais que isso, transformar vidas. Por isso, a OCB também se colocou à disposição do governo para trabalhar uma proposta de emprego e renda que ajude a garantir a dignidade das pessoas necessitadas.

Sabemos que para muitas delas, dignidade significa poder oferecer sua força produtiva e receber em troca o pagamento que permitirá o seu sustento e o de sua família. Com a união do campo e da cidade, podemos provar a cada dia, que se cada um fizer um pouco, todos sairão beneficiados e vitoriosos. A fome é urgente e não pode esperar!

Não há dúvida de que essa corrente solidária unirá ainda mais o setor cooperativista, que impulsiona o Brasil

Tânia Zanella

Essa é mais uma iniciativa que mostra a força e a importância do cooperativismo e de sua filosofia de colaboração e de crescimento coletivo para o país. Não há dúvida de que essa corrente solidária unirá ainda mais esse setor que impulsiona o Brasil.

O Agro Fraterno é um projeto de todos para todos. Qualquer pessoa, empresa ou entidade (ligada ou não ao setor cooperativista) pode se cadastrar como doador no site cadastro.agrofraterno.com.br e incluir o beneficiário para cada doação que for feita. Participar é fazer um país mais forte e solidário. Vamos todos fazer a nossa parte!

*Tânia Zanella é gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e 2ª vice-presidente tesoureira do Instituto Pensar Agropecuária (IPA).

As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Revista Globo Rural.

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Source: Rural

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