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Não importa qual é a sua preferência, o importante é sempre buscar, apresentar e viver o lado bom da vida ou enxergar o copo meio cheio. Mas o que isso tem a ver com o Vozes do Agro? Tudo!

Há 18 meses, vivemos uma aflição para a qual foi dado o nome de Covid-19. Por que não chamei de pandemia? Porque é muito mais que isso. É algo que mudou nossas vidas e não sabemos quanto mais ainda irá mudar.

Mudou nosso convívio diário, mudou a forma de fazer negócios, mudou nossa relação com as viagens (e como!) e mudou a relação da população com o consumo, inclusive de alimentos. Descobrimos dotes culinários, antes ignorados. Descobrimos o quanto a internet pode ser útil.

 

 

Quantas receitas super fáceis encontramos! Passamos a nos alimentar e a consumir com mais cuidado. E o agro brasileiro tem enfrentado tudo e mostrado ao mundo que profissionalismo e responsabilidade andam juntos!

Há muito, somos super profissionais e responsáveis, mas a Covid-19 veio para nos desafiar. Criamos protocolos, cartilhas. Reunimo-nos, virtualmente, é claro, para nos organizar, para mostrar ao mundo que todos poderiam contar conosco, para nos solidarizar em meio a tantas perdas.

E muitos conceitos e possibilidades de atitudes foram acelerados. Aprendemos mais a respeito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, sobre ESG (sigla em inglês para melhores práticas vinculadas às áreas de Meio Ambiente, Social e Governança), economia circular…

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Sim (!), o mundo é redondo e dá muitas voltas. E a cada volta que dá, aprendemos que tudo depende de nós. O que teremos amanhã, depende do que somos hoje. Tudo o que comemos e bebemos hoje refletirá em nossa qualidade de vida amanhã. E sabemos o que estamos comendo e bebendo?

Encaminhando o raciocínio para o meu setor, o cafeeiro, a cada xícara de café, por exemplo, podemos voltar até os cafezais, fazendo o caminho inverso. No preparo da xícara, podemos ter os baristas dentro de cafeterias. Profissionais fantásticos que têm se reinventado nestes tempos e também para os novos tempos. Ou este consumo pode ser na sua casa, com o café preparado por você (lembra das receitas super fáceis?) ou ser extraído através de uma cápsula.

Independentemente da forma de preparo ou do local de degustação, um mestre de torra precisou processar os grãos verdes, que foram comercializados individualmente ou através de cooperativas, a partir de uma colheita feita pelas mãos firmes de uma série de trabalhadores espalhados pelo nosso Brasil.

Os tempos atuais nos apresentaram mudanças e aceleraram os processos. Por que não, então, passarmos a preparar nossos cafés conhecendo sua diversidade, suas muitas formas diferentes de prepará-lo?

Vanusia Nogueira

 

E esta colheita veio de árvores frutíferas, cuidadas com muito zelo e respeitando o meio ambiente e a vida de todos. Árvore que cresceu a partir de uma muda, que é a germinação da mesma semente, que se torra, e todos nós degustamos e chamamos de cafezinho.

O carbono que um elo da cadeia cafeeira emite, o outro sequestra, neutraliza. As embalagens necessárias em muitos pontos podem ser recicladas. O consumidor pode ensinar o produtor a vender e o produtor pode ensinar o consumidor a semear.

E assim tudo de renova, recicla-se, atentos ao desperdício, à energia renovável, à gestão de resíduos, ao uso responsável da água e, ainda, tratamos da mudança climática, de poluição, equidade de gênero, diversidade, privacidade.

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Quem diria que estaríamos tratando de tantos temas essenciais simultaneamente e em tão curto espaço de tempo? Este é o milagre da vida. Uma vida que segue. Um movimento que pode ir da semente de café à xícara ou da xícara ao grão de café. A economia é circular e você decide em qual direção ir.

E que tal com uma caipirinha de café? É uma delícia! Se não conhece, procure a receita na internet. Lembra? Os tempos atuais nos apresentaram mudanças e aceleraram os processos. Por que não, então, passarmos a preparar nossos cafés conhecendo sua diversidade, suas muitas formas diferentes de prepará-lo?

*Vanusia Nogueira é diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Revista Globo Rural.

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Source: Rural

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