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Um estudo da Embrapa Milho e Sorgo mostrou que o cultivo de milho orgânico no Brasil tem crescido no Brasil – a estimativa do setor produtivo é de aumento de 90% em 2020, na comparação com o ano anterior.

Mais da metade do cultivo (56%), aponta o levantamento, se concentra na região Sul. A pesquisa Variação geográfica da ocorrência de produtores de milho orgânico no Brasil utilizou dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), identificando áreas com maior quantidade de produtores orgânicos registrados por município.

O objetivo é propor ações em prol do desenvolvimento de estudos técnico-científicos que facilitem o acesso dos agricultores a sistemas orgânicos de produção, além de incentivar a adoção de políticas públicas nesse sentido.

Grãos de milho na mão com saco carregado ao fundo (Foto: Guilherme Viana)

 

 

Em janeiro de 2021, o CNPO contabilizou 22.427 produtores cadastrados no Brasil. Entre eles, 30,59% (6.860 produtores) apresentam cadastro para a produção de milho orgânico. Mais da metade destes, 56,76% (3.894 produtores), concentra-se na região Sul.

Em seguida, vêm as regiões Sudeste, com 23,98% (1.645 produtores), e Nordeste, com 13,95% (957 produtores). Nas regiões Centro-Oeste e Norte foram identificados menos de 5% dos produtores de milho orgânico cadastrados no país – respectivamente 3,83% e 1,47%, equivalentes a 263 e 101 produtores).

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“Destacamos que o Paraná concentra quase um terço dos produtores de milho orgânico cadastrados (31,20%, 2.140 produtores), principalmente em municípios como Tijuca do Sul, Castro, Cerro Azul, Lapa e Rio Branco do Sul”, conta a pesquisadora Elena Charlotte Landau.

Em seguida, a pesquisadora cita Rio Grande do Sul (16,15%, 1.108 produtores), São Paulo (11,81%, 810 produtores), Santa Catarina (9,42%, 646 produtores), Bahia (5,73%, 393 produtores) e Rio de Janeiro (5,60%, 384 produtores).

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O levantamento da variação geográfica das áreas de ocorrência de produtores de milho orgânico identificou, por exemplo, que a grande produção do Paraná provavelmente está ligada ao histórico de incentivos públicos e privados nas últimas décadas, além da formação de profissionais para utilizar técnicas e tecnologias próprias para a produção orgânica.

Já no caso do Distrito Federal, que apresenta a maior densidade de produtores orgânicos registrados no CNPO, os incentivos governamentais remontam à década de 1980. O apoio veio de diversas instituições de pesquisa e de extensão, incluindo Emater, Embrapa, Sebrae, Senar, Sindicato de Produtores Orgânicos, ONGs, empresas privadas e autônomos.

No Brasil, 865 municípios têm registros de produtores de milho orgânico. Mais de 60% dos produtores registrados no CNPO foram certificados por Organismos Participativos de Avaliação da Qualidade Orgânica. Nessas organizações, o agricultor participa de um grupo ativo responsável pela fiscalização da produção.

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Source: Rural

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