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A inflação dos alimentos aos consumidores foi de 13,2% em 2020, enquanto os preços aos produtores agropecuários cresceram 45,5%. Os dados estão em estudo divulgado nesta quarta-feira (30/6) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).

Grande parte da alta se deu no segundo semestre, o que veio a agravar a crise causada  pela pandemia de Covid-19. A avaliação da equipe de macroeconomia do Cepea é de que o menor crescimento da agropecuária, frente às expectativas, e fatores como frete e maior demanda no segundo semestre também contribuíram para o resultado.

Consumidores sentiram no bolso os efeitos da inflação. Na foto, mulher faz compra em supermercado (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

 

Quanto ao aumento do custo da alimentação em 2020, o estudo mostra que câmbio e preços internacionais em dólares teriam feito a inflação dos alimentos chegar a 15,4%.

"Considerando-se o choque de produção agropecuária, essa inflação chegaria a 16,5%. A recessão (com queda de emprego e renda) impediu que isso acontecesse, ficando, então, a taxa em 13,2%", afirmam os pesquisadores.

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O levantamento ainda destaca "problemas estruturais" que não são resolvidos no Brasil e reforça que "o país precisa proteger sua população mais pobre".

"Um programa dinâmico de transferência de renda, institucionalizado e calibrado para a realidade socioeconômica do Brasil, é indicado para que a dramaticidade das ocorrências de 2020 não se repita", sugere.

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Source: Rural

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