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Os custos de importação de alimentos no mundo devem atingir seu nível mais alto neste ano, refletindo os preços crescentes de alimentos básicos e uma onda de demanda reprimida. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O relatório semestral Food Outlook da FAO aponta que a conta mundial de importação de alimentos, que mede o volume e o custo das importações globais, deve atingir US$ 1,75 trilhão em 2021, US$ 185 bilhões (11,87%) a mais do que no ano passado

Os analistas da FAO observam que o aumento ocorre em meio a preocupações crescentes com a inflação de alimentos e a fome global, especialmente entre as nações mais pobres que ainda lutam contra a Covid-19. Esses também são os países que terão de arcar com a maior parte do aumento, dizem eles.

Relatório bienal sobre os mercados globais de alimentos desenvolvido pela FAO (Foto: Divulgação)

 

Os cálculos da FAO estimam que as nações em desenvolvimento vão gastar US$ 730 bilhões importando alimentos neste ano, cerca de US$ 127 bilhões a mais do que em 2020.

Segundo o relatório, enquanto os países desenvolvidos importarão menos alimentos, a preços mais altos, os países em desenvolvimento precisarão importar maiores volumes para atender à crescente demanda de sua população, num momento em que os preços estão disparando. Os dados mostram que “o quadro é particularmente ruim para as nações menos desenvolvidas do mundo”.

O grupo de nações em desenvolvimento inclui muitos países da África Central, que irão gastar muito mais neste ano para importar apenas um pouco mais de alimentos do que em 2020. “O clima seco em regiões produtoras de grãos na América do Sul, uma importante fonte de milho e soja, bem como uma onda de estocagem por governos que dependem da importação de alimentos, ajudou a elevar os preços dos alimentos básicos ao longo do último ano.”

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Índice de preços da FAO tem maior alta desde outubro de 2010

 

Os analistas ressaltam que a forte demanda de países cujas economias se recuperaram após a pandemia, como a China, também contribuiu para o aumento dos preços. “A decisão da Rússia, o maior exportador mundial de trigo, de taxar as exportações de grãos também ajudou a impulsionar os preços.”

Eles lembram que o Índice de Preços de Alimentos da FAO atingiu seu nível mais alto em uma década em maio. O aumento mensal também foi o maior em cerca de 10 anos, sugerindo que o ritmo da inflação de alimentos está se acelerando. As informações são da Dow Jones Newswires.

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Source: Rural

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