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A proibição do uso de drones para aplicação de agrotóxicos em Minas Gerais, determinada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), surpreendeu entidades do agronegócio e o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

Vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o instituto instruiu na última quarta-feira (26/5) seus coordenadores e assessores técnicos vegetais a “aplicar sanções administrativas cabíveis” caso fosse observada a prática no campo.

Principal motivo para proibição de drones é a não regulamentação pelo Ministério da Agricultura, diz IMA (Foto: Ilustração/Thales Molina)

 

“Tendo em vista o grande número de questionamentos que o setor de agrotóxicos tem recebido em relação à aplicação de agrotóxicos via drone, venho informar e esclarecer que tal modalidade de aplicação não está regulamentada pelo Ministério da Agricultura. Desta forma, trata-se de uma modalidade até o momento proibida”, diz o memorando distribuído pelo IMA.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja, Milho e Sorgo de Minas Gerais (Aprosoja-MG), Fábio de Salles Meirelles Filho, afirmou que a medida, se for confirmada, representa um dos maiores retrocessos tecnológicos na agricultura.

“Sabemos que o drone é um equipamento altamente técnico que economiza defensivos porque sua aplicação é bem direcionada”, diz. Por enquanto, a entidade não recebeu reclamações dos produtores.

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Segundo o dirigente, alguns municípios chegaram a criar leis que proíbem a pulverização agrícola por aviões, o que também é uma "aberração", em sua opinião.

O Sindag, que tem entre os associados a Skydrones, empresa de drones usados em pulverização, foi informado sobre a decisão inédita do IMA e encaminhou pedido de suspensão da medida à Divisão de Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa).

“Nos causou muita estranheza essa decisão mineira, já que é ilegal proibir algo que não é regulamentado. Isso pode prejudicar ou atrasar a publicação da norma pelo ministério”, disse o diretor do sindicato, Gabriel Colle.

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O empresário Daniel Estima, da Skydrones, diz que é uma decisão arbitrária proibir o uso de aeronaves não tripuladas na agricultura. Segundo ele, o governo está tentando prejudicar e culpar o agricultor pela sua própria ineficiência, já que a instrução normativa do uso de drones em pulverização está pronta, foi colocada sob consulta pública em julho do ano passado e ainda não foi publicada.

Segundo o Mapa, o texto da normativa está atualmente em análise pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e não deve ser publicado antes de julho. Questionado sobre o que iria fazer sobre a proibição do IMA, o ministério ainda não respondeu.

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Segundo nota da assessoria do IMA enviada à Revista Globo Rural na sexta-feira (28/5), o memorando teve caráter educativo e informativo porque o órgão responsável para regulamentar a viabilidade de implantação de drones em todo o Brasil é o Mapa.

“Em Minas, para se implantar drones, é necessário primeiro ter registro no IMA. E o instituto aguarda a regulamentação do Mapa para a implantação dos drones nas lavouras em Minas.”
Source: Rural

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