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Os estudos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostram que a relação de troca de suíno vivo por milho registrada nesta semana é a mais desfavorável ao criador em toda a série histórica, iniciada em 2004. Os pesquisadores do Cepea ressaltam que os elevados preços do cereal, um dos principais insumos da atividade, ‘têm resultado em um cenário bastante desafiador ao pecuarista nacional”.

O Cepea constatou que na quarta-feira (26), o suinocultor paulista conseguia comprar 3,28 quilos do cereal com a venda de um quilo de suíno, considerando o suíno vivo comercializado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa. “Trata-se da terceira menor quantidade da série histórica do Cepea, atrás somente das verificadas nos dois dias anteriores. Na segunda-feira, 24, foi possível comprar apenas 3,21 quilos com a venda de um quilo de suíno vivo.”

(Foto: Jordan Gale/Reuters)

 

Os pesquisadores observam que após iniciarem o mês de maio registrando leves avanços, os preços do suíno caíram com força nas semanas seguintes, influenciados pelas lentas vendas internas e externas de carne. “A dificuldade de escoar a produção de carne no mercado interno e a retração pontual das vendas externas, por sua vez, fizeram com que agentes do setor reajustassem negativamente os preços dos cortes e das carcaças, no intuito de elevar a liquidez. Assim, a demanda por suínos para abate tem sido bastante limitada, pressionando os valores do animal.”

Em relação ao milho, os técnicos da equipe da área de grãos do Cepea comentam que as cotações estiveram firmes ao longo do mês, sustentadas especialmente por preocupação quanto ao clima. “Nos últimos dias, no entanto, compradores passaram a se retrair no mercado, o que tem resultado em ligeiras quedas nos valores – mas de forma menos intensa que as observadas ao suíno vivo.”
Source: Rural

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