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(Foto: Ricardo Tobaldini / Flickr)

 

O inédito uso de proteína de feijão carioca é destaque na nova linha de frango vegetal recém-lançada no Brasil. Além da semelhança em textura, sabor e cor, alimento tem o mesmo valor proteico do peito de frango tradicional, informou a Sadia.

A novidade faz parte da linha Veg&Tal, também tem proteína de soja e ervilha na composição e chega aos supermercados brasileiros em três opções: desfiado, em tiras e em cubos. O produto é resultado de uma parceria entre a BRF e o hub de ingredientes e processos R&S Blumos.

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O método, que utiliza uma técnica de extrusão úmida, consiste na adição de calor e pressão sobre uma combinação de proteínas vegetais que produz fibras proteicas longas, conferindo a percepção e aparência da proteína animal. Para isso, a BRF investiu na tecnologia, desenvolveu uma formulação própria e adquiriu dez novas máquinas.

“O feijão sempre foi considerado um produto acabado, sem produtos derivados. No entanto, com o crescimento da indústria plant-based, constatamos que o ingrediente pode gerar diversos produtos, especialmente o feijão carioca, que é a variedade mais produzida no Brasil”, afirma Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe).

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O uso do feijão carioca na receita é apontado como mais um passo na busca por maior variedade e a nacionalização de ingredientes, visando atender a demanda crescente por produtos à base de plantas no Brasil.

“Todos só têm a ganhar, pois, além de entregar um alimento de extrema qualidade para os consumidores, agora os produtores rurais brasileiros têm mais uma oportunidade de lucrar com o setor de proteínas vegetais”, observa Gustavo Guadagnini, diretor executivo do The Good Food Institute (GFI) Brasil.

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Pesquisa

O aproveitamento do feijão como fonte proteica vem sendo estudado por vários pesquisadores. Uma delas é Caroline Mellinger, da Embrapa, em projeto que conta com financiamento do Programa de Incentivo à Pesquisa do GFI.

O foco é produzir ingredientes com alta concentração de proteínas a partir do feijão carioca a fim de utilizá-los na formulação de produtos semelhantes aos de origem animal.

“O Brasil é um dos maiores produtores de feijão do mundo e tem a possibilidade de ter essa cadeia desenvolvida nos próximos anos, passando de consumidor a produtor de proteínas alternativas vegetais a partir do grão”, destaca a pesquisadora.

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Source: Rural

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