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Variedades mais procuradas pelo mercado externo são Tommy Atkins, Kent, Keitt e Palmer (Foto: Pxfuel/Reprodução)

As exportações da manga nacional atingiram em 2020 o valor de U$S 246,9 milhões, que na cotação atual equivalem a cerca de R$ 1,4 bilhão. Foram vendidas ao mercado externo 243,2 mil toneladas da fruta, com destaque ao comércio da variedade Tommy Atkins para o mercado americano e das Kent, Keitt e Palmer para a Europa.

Os dados foram divulgados em comunicado publicado pela Embrapa nesta terça-feira (13/4). A receita do comércio internacional da fruta se manteve na média histórica durante os cinco primeiros meses do ano, mas alcançou entre junho e dezembro patamares inéditos desde 2012, quando o Observatório do Mercado de Manga da Embrapa Semiárido começou a analisar o desempenho comercial da fruta.

A partir de dados do Comex Stat, banco de dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o observatório apontou que os valores e volumes de exportação cresceram mais de 10% em relação a 2019.

“Mesmo diante da pandemia da Covid-19, a manga do Brasil ultrapassou recordes de exportação durante o ano de 2020, avançando 13% em volume em relação a 2019, se mantendo acima da média durante todo o ano”, pontuou o grupo em nota.

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O Observatório analisou ainda o preço em dólar de caixas de manga de quatro quilos. “Apesar da taxa de câmbio favorável para os exportadores durante todo o ano, devido à alta do dólar, os preços foram os mais baixos entre fevereiro e maio. De maio a setembro, melhoraram e, a partir de outubro, baixaram de novo em função da sazonalidade anual”, informa.

Para o pesquisador responsável pelas análises realizadas no Observatório da Manga da Embrapa, João Ricardo Lima, o cenário positivo envolveu diversos fatores, entre eles a taxa de câmbio, a diminuição da produtividade da fruta em países concorrentes, como a Espanha e alguns países africanos, além da expansão do mercado americano, que esteve bastante favorável para a Tommy Atkins do Brasil.

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Região líder em exportações

Situada em pleno Semiárido Nordestino, a região do Vale do São Francisco é a grande responsável pelos números expressivos da exportação da manga nacional, sublinha a a Embrapa.

Com 212,2 mil toneladas no último ano, correspondendo a 87% do total exportado da fruta do Brasil, a região tem uma vantagem competitiva por ser banhada pelas águas do Rio São Francisco, usadas no abastecimento dos distritos de irrigação, de acordo com a empresa pública.

Devido ao uso da irrigação e à disponibilidade de sol, a região consegue manter a produção da fruta durante todos os meses, abastecendo os mercados interno e externo. As variedades mais plantadas são Palmer, Tommy, Kent e Keitt, apesar de se encontrar outras, como Haden, Ataulfo, Rosa e Espada Vermelha.

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Nesse cenário, a manga é a fruta mais cultivada e com maior importância econômica e social na região. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), a área plantada em 2020 foi de 49 mil hectares, a maior do Brasil.

A mangicultura do Semiárido também é conhecida pelos altos rendimentos alcançados e pela qualidade da fruta, conforme a nota da Embrapa.

“Mesmo sendo uma atividade altamente intensiva em tecnologia, é cultivada na região por pequenos e grandes produtores, um resultado favorecido pela ampliação dos investimentos e linhas de crédito e também pela pesquisa agropecuária, com a disponibilização de pacotes tecnológicos cada vez mais precisos”, detalha a instituição.
Source: Rural

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