Boa noite! Confira os destaques desta sexta-feira (12/4) no site da Revista Globo Rural.
Crise nos frigoríficos
(Foto: JBS/Divulgação)
A combinação entre escassez de matéria-prima, aumento de custos e um mercado interno enfraquecido já levou os frigoríficos brasileiros a reduzirem em mais de 45% sua produção neste ano, segundo levantamento da taxa de ociosidade do setor feito pela Scot Consultoria.
Na Bahia, Estado que apresenta a maior taxa de ociosidade entre os 13 considerados na pesquisa, esse percentual chega a 60%, refletindo uma dura estratégia de reduzir a operação para controlar os custos.
Quase um milhão de toneladas por dia
(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
A média diária de exportação de soja do Brasil alcançou 964,1 mil toneladas até a segunda semana de abril, ante o ritmo de embarques de 742,7 mil ao dia registrado no mesmo mês de 2020, quando o governo brasileiro registrou um recorde mensal, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira (12/4).
O avanço ocorre em momento em que os produtores caminham para o encerramento da colheita da safra 2020/21. Há também firme demanda pela oleaginosa no mercado externo e câmbio favorável.
Exportações de café
(Foto: Getty Images)
As exportações brasileiras de café, em março, somaram 3,438 milhões de sacas de 60 kg e renderam US$ 450,2 milhões. Apesar da queda de 1,6% no total de sacas exportadas e de 5,4% na receita em dólar no mês, o setor fechou o primeiro semestre com bons resultados.
De janeiro a março, foram embarcadas 11,015 milhões de sacas – crescimento de 10,4% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Em receita cambial, o avanço é de 6,1% no agregado até março, com os embarques rendendo US$ 1,437 bilhão ao país. Os dados são do relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Safra de milho na seca
(Foto: REUTERS/Nacho Doce)
O desenvolvimento do milho segunda safra 2020/21 do Brasil é motivo de preocupação em algumas das principais regiões do centro-sul, devido aos menores volumes de chuva registrados entre o fim de março e o início de abril, com lavouras enfrentando estresse hídrico, disse a consultoria AgRural.
Os problemas estão concentrados sobre parte do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, afirmou a consultoria em análise divulgada nesta segunda-feira (12/4).
Agro deve superar R$ 1 trilhão
(Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
A receita da agropecuária deve ultrapassar pela primeira R$ 1 trilhão em 2021, anunciou nesta segunda-feira (12/4) o Ministério da Agricultura. A projeção é que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) cresça 12,4% em relação ao de 2020 e feche em R$ 1,057 trilhão, o maior já obtido desde 1989.
Nova geração de sementes
(Foto: Rally da Safra/Divulgação)
Com a expectativa de novos recordes de produção de grãos, as grandes empresas de defensivos que atuam no Brasil preparam o lançamento de novidades para a temporada 2021/22. Um dos destaques é o melhoramento genético, com a chegada de uma nova geração de cultivares ao campo a partir do plantio da próxima safra. Além de um reforço na aposta das empresas nas tecnologias digitais.
A plataforma Intacta Xtend, da Bayer, terceira geração das sementes transgênicas, promete alta eficiência contra lagartas, amplo espectro de controle de plantas daninhas, manejo inteligente e biotecnologia de última geração para levar a produtividade da soja a um novo patamar. “Os astros estão alinhados para trazer inovação para o nosso cliente”, diz Geraldo Berger, diretor de Assuntos Regulatórios, referindo-se também a novas biotecnologias para milho e algodão que a Bayer lança neste ano.
Crédito mais sustentável
(Foto: Henrique Ferreira/CCommons)
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura fez propostas ao governo que podem elevar em cerca de 50% os recursos para o financiamento de uma agricultura mais sustentável no próximo Plano Safra (2021/22), para cerca de 3,7 bilhões de reais, informou o movimento que reúne quase 300 associações e empresas ligadas ao agronegócio à Reuters.
Segundo a líder da Força-Tarefa da Coalizão Brasil, Leila Harfuch, o país conta com uma legislação avançada, como o Código Florestal, e com políticas públicas importantes para incentivar uma agricultura de baixo carbono, como é o Programa ABC, principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis que teve orçamento de 2,5 bilhões de reais no ciclo 2020/21.
Política ambiental
(Foto: Divulgação/Cargill)
O Brasil sob o governo Bolsonaro praticamente cortou a comunicação com as ONGs ambientais, e isso tem um reflexo danoso para o país, inclusive para o agronegócio. A avaliação é do presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa. Segundo ele, diante da postura do governo, o setor privado acabou tendo de assumir esse diálogo, até por falta de opção, uma vez que a questão ambiental pode prejudicar as exportações do agronegócio.
Desde dezembro de 2019 à frente da maior trading de grãos instalada no país, Sousa afirma que a maior parte do setor produtivo brasileiro segue a legislação ambiental, porém, atitudes de uma minoria de “agrotrogloditas” mancham a imagem do Brasil no exterior. Ele diz ainda que a implementação incompleta do Código Florestal, oito anos após sua aprovação, também gera desconfiança em relação aos produtos agrícolas brasileiros lá fora.
Lagosta de laboratório
(Foto: Divulgação/Cultured Decadence)
Após o anúncio de avanços na produção de carne feita em laboratório — que inclusive deve ser oferecida ao consumidor brasileiro até 2024 pela BRF —, a aplicação da tecnologia de reprodução de células animais para consumo humano chegou a um produto mais luxuoso: a lagosta.
A iniciativa nasceu em um laboratório do estado norte-americano de Wisconsin chamado Cultured Decadence. Em informe publicado na sexta-feira (9/4), a startup diz que pretende ser prioneira no cultivo células tanto de lagosta quanto de outros frutos do mar, para produzir alimentos sem depender apenas da pesca.
Source: Rural