Skip to main content

Fazenda fica às margens do Rio Parapanema, em Itaí-SP (Foto: Divulgação)

 

 

 

*Publicada originalmente na edição 424 da revista Globo Rural (março/2021)

Foi devido a um problema de saúde na família que o casal Beatriz Pernambuco e Maurício Sales abandonou a carreira em grandes eventos esportivos há cinco anos e migrou do Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, para o interior de São Paulo.

Em um sítio de 40 hectares às margens do Rio Parapanema, em Itaí (propriedade até então utilizada pela família como local de descanso e lazer), os dois decidiram apostar na produção e no beneficiamento de frutas nativas como pacová, uvaia, carambuci, araçá, araticum e grumixama.

A gente teve de se reinventar, porque não tinha mercado de trabalho de forma nenhuma para nós dois e precisava fazer alguma coisa diferente

Beatriz Pernambuco

De acordo com Maurício, a escolha das frutas nativas foi “estratégica”, dadas as condições de mercado. “Como a fazenda não é tão grande, se fôssemos trabalhar com frutas mais tradicionais, estaríamos brigando por preço. Além de a gente sempre ter duvidado de
monoculturas”, explica.

Partiu dele a ideia, há dois anos, de iniciar em parte da propriedade a implantação do sistema agroflorestal, em que a família incluiu também a produção de banana, café e baru, uma castanha típica do Cerrado. “A gente acredita muito no potencial dessas frutas. É um mercado que já existe e que tem um potencial maior para crescer”, completa o produtor.

saiba mais

O que é agrofloresta e por que ela vai mudar a paisagem produtiva que conhecemos

Veja as frutas da época para janeiro e aprenda como usá-las em duas receitas exóticas

 

“A ideia é voltar ao que um dia foi a fazenda, que era uma grande mata, com tudo. Você pode ter espaço para ter a sua horta, mas ter também tudo ali misturado, que o ecossistema funcione de uma forma menos degradada”, aponta Beatriz, ao lembrar da paisagem da fazenda em seus tempos de criança.

Além das frutas cultivadas no sistema agroflorestal, a área conta ainda com pés de manga, seriguela, pitanga, jabuticaba e outras frutas nativas mais famosas e também usadas na fabricação de doces e geleias.

“Já existe um movimento de reviver essas frutas que estavam esquecidas nos quintais das casas. A gente perdeu muito delas e elas estão aos poucos voltando ao mercado”, lembra Maurício.

saiba mais

Orquídeas nativas estão de volta às marginais de São Paulo

Retrospectiva 2020: Veja o que foi destaque em Meio Ambiente e Sustentabilidade

 
Source: Rural

Leave a Reply