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(Foto: Secom UnB/Divulgação)

 

 

Uma molécula natural obtida a partir da casca de crustáceos pode ajudar na confecção de máscaras bastante eficientes para a inativação do novo coronavírus. Apelidado de Vesta, o equipamento de proteção foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) por meio de nanotecnologia.

A ideia é disponibilizar a máscara inicialmente a profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e demais estabelecimentos de saúde interessados. Se tudo der certo, ela poderá ser oferecida, posteriormente, à população em geral.

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A nova máscara já está sendo testada em profissionais que atuam na linha de frente de combate à Covid-19 no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília.

“Iniciamos os ensaios clínicos com o objetivo de comparar o desempenho do respirador Vesta com os tradicionais. Estamos analisando vários fatores, como a eficiência em inativar o vírus. Há outras avaliações em paralelo, relacionadas a fatores de usabilidade, como conforto e vedação. Tudo está sendo mapeado”, explica a pesquisadora Graziella Joanitti, professora da Faculdade UnB Ceilândia.

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Segundo ela, o diferencial da Vesta é que, na camada do meio, onde é feita a filtração em máscaras de três camadas, há um revestimento adicional com partículas à base de quitosana – substância obtida a partir da casca de crustáceos.

“Esse material foi extraído, servindo de matéria-prima para a preparação de nanopartículas para esse equipamento de proteção individual”, acrescenta.

De acordo com a bióloga, essas nanopartículas são cerca de 100 mil vezes menores do que o diâmetro de um fio de cabelo. Ao entrar em contato com a quitosana, o novo coronavírus é desativado após ter sua estrutura desorganizada.

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“Nós reconstruímos e reorganizamos, na forma de nanopartículas, a matéria-prima obtida na casca de crustáceos, como os camarões. São essas partículas que compõem a camada filtrante, responsável pela proteção adicional da máscara”, detalha a pesquisadora.

Graziella explica que a próxima etapa para a disponibilização da máscara é a certificação e a regularização junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para, em seguida, transferir a tecnologia a empresas interessadas.

Como se trata de uma tecnologia 100% nacional, ela acredita ser "bem possível" que a máscara saia a um custo menor do que o de equipamentos similares.
Source: Rural

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