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(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Após enfrentar atrasos para o início do plantio, em função da demora no ciclo da soja, o milho de segunda safra deve ter um mês de abril com condições climáticas mais favoráveis para o trabalho de campo, de acordo com a Rural Clima. Ainda que seja com atraso em relação à janela considerada ideal de plantio, há produtores com as máquinas na lavoura semeando o cereal.

O agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, afirmou, nesta terça-feira (23/3), que os Estados de Goiás e Minas Gerais que, em geral, têm períodos de estiagem em abril, “devem receber chuvas na forma de pancadas durante todo o mês”. Este final de março deve, porém, ser mais seco, com algumas áreas de instabilidade.

“De uma forma geral, há previsões de bons volumes de chuva ao longo do período, nos três estados do Sul, até mesmo em algumas áreas do sul de São Paulo, mas o restante do Brasil com tempo bastante aberto, e condições ideais para a finalização da colheita da soja
e posterior finalização do plantio do milho”, disse.

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Conforme previsão da Rural Clima, serão quase dez dias sem chuvas em Goiás, Minas Gerais e Bahia. “Para abril, toda essa grande região central do Brasil deve estar com tempo aberto, principalmente sobre São Paulo, Mato Grosso do Sul, norte do Paraná, Minas Gerais e Goiás. Somente algumas áreas de instabilidade ganharão forças hoje à tarde aqui sobre essa faixa mais oeste, norte e noroeste do Mato Grosso, e com isso há previsão de chuvas, assim como também no norte do Tocantins e no Maranhão”, detalhou o agrometeorologista.

Ainda nesta semana, o clima úmido deve persistir no noroeste do Mato Grosso e na fronteira com o Paraguai. Essas áreas seguem com boas chances de chuvas – sobretudo no início da noite -, que devem se estender até o começo de maio, com quase nenhuma possibilidade de invernada, de acordo com Santos.

Para a cana-de-açúcar e o café, as pancadas de chuvas previstas para abril podem atrapalhar o andamento da colheita da cana – “mas nada que vá trazer grandes problemas já que não há previsões de invernadas”, assinalou. Segundo a Rural Clima, serão chuvas semanais com duração de no máximo um dia e meio sobre as áreas produtoras de açúcar. “De uma forma geral, as condições ainda são relativamente boas para os trabalhos.”

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Nos Estados Unidos

Já os Estados Unidos devem enfrentar problemas na colheita do milho, em razão da forte precipitação nos próximos dias, pontuou Santos. “Aparecem nos mapas volumes extremamente altos de chuva na região do corn belt.”

A região passou por uma anomalia de temperatura, com recordes históricos de baixa de temperatura para fevereiro, mas em março já há uma recuperação. “As temperaturas não estarão tão baixas quanto a gente havia previsto, mas ainda estão um pouco abaixo do normal. Ainda assim, as condições melhoraram muito. O Oceano Pacífico está, de uma forma geral, extremamente quente, e toda aquela premissa de La Niña já foi embora. A previsão é de chuvas recorrentes sem invernadas”, frisou o agrometeorologista.
Source: Rural

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