Skip to main content

Lavoura de soja em Cruz Alta (RS). Biológico lançado pela Indigo é para lavouras da cultura e também de milho (Foto: REUTERS/Inaê Riveras)

 

A primeira “unicórnio” do agronegócio (termo designado para startups que captaram mais de R$ 1 bilhão no mercado de investimentos), a Indigo Ag, acaba de anunciar o lançamento de um produto biológico à base do microrganimos endófito bacillus simplex. O anúncio ocorre no Dia Mundial da Água, 22 de março, porque o produto, de acordo com a empresa, faz com que a planta aproveite melhor o potencial hídrico do solo. É o primeiro produto biológico da empresa que recebeu o registro do Ministério da Agricultura (MAPA) no Brasil.

A Indigo é uma startup com sede nos Estados Unidos, mas atua no Brasil desde a safra 2018/2019. Dario Maffei, CEO Latam da Indigo, explica que o foco da empresa é a agricultura sustentável e que, ainda no decorrer deste ano, outros produtos biológicos da Indigo sejam registrados no Brasil. “O foco é a agricultura sustentável e o Brasil, assim como a América Latina toda, é um mercado essencial para a agricultura mundial”, disse o executivo. O Brasil é o quarto mercado da empresa, que também atua fortemente nos Estados Unidos, Austrália e Argentina. “O caminho da agricultura sustentável é a biotecnologia e a digitalização”.

Dario Maffei, CEO Latam da Indigo AG (Foto: Divulgação)

O produto lançado pela Indigo nesta segunda-feira (22/3) é um inoculante destinado às culturas de milho e soja, preparado a partir do microrganismo produtor de crescimento de plantas. “Este produto tem como principal diferencial a alta estabilidade pós-tratamento de sementes e maior resistência a condições ambientais diversas”, explica Maffei. “Em áreas com déficit hídrico, por exemplo, ele promove uma maior absorção de água”.

De acordo com a Indigo, a produção de fitormônio, a auxina, incrementa raízes secundárias e radiculares gerando plantas mais robustas em decorrência desse aumento de absorção hídrica, nitrogênio e fósforo, que proporcionam melhor nutrição da planta e resistência. Segundo Maffei, o produto tem compatibilidade com químicos de mercado.

Apesar da sede da empresa ser nos Estados Unidos, Maffei conta que a startup possui um grupo de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, com parcerias com as principais instituições de pesquisa agrícola, como a Esalq (USP) e Embrapa, para buscar soluções sustentáveis customizadas à realidade brasileira. “Já temos o registro de novos produtos em andamento e a perspectiva é a de termos um portifólio de biológicos Indigo para diferentes culturas e diferentes alvos”, completa Maffei.

Sua expectativa é ter mais um produto registrado pelo Mapa até o final deste ano e outros dois até o final de 2022.

saiba mais

Apenas 5 em cada 100 fazendas em Mato Grosso têm internet 4G, revela pesquisa

Startup que monitora ameaças florestais recebe aporte de R$ 750 mil

 
Source: Rural

Leave a Reply