Skip to main content

(Foto: Thinkstock)

 

O mercado de defensivos agrícolas fechou 2020 com uma queda de 10,4% no valor em dólar, com faturamento de US$ 12,1 bilhões ante os US$ 13,5 bilhões, segundo dados divulgados este mês pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

Em moeda norte-americana, foi a primeira vez em cinco anos analisados que o setor teve queda de faturamento. Já em reais, o valor de mercado dos defensivos agrícolas aumentou 10%, passando de R$ 53,8 bilhões para R$ 59,1 bilhões.

O valor de mercado se refere ao preço que o produtor paga pelos insumos que efetivamente usa em suas terras, ou seja, inclui os custos da indústria e também a margem de lucro das distribuidoras.

saiba mais

Brasil e Argentina solucionam pendências no comércio agro

Após desoneração do diesel, indústria quer PIS/Cofins zero no biodiesel

 

Segundo o presidente do Sindiveg, Júlio Borges, no ano passado, a perda cambial somou 18,5% e a desvalorização do real frente ao dólar se mantém como um desafio grande para o setor, já que a maior parte dos insumos e matérias-primas da indústria é importada.

O dirigente sinaliza um aumento de preços dos defensivos agrícolas para a próxima safra porque não houve repasse integral em 2020 do aumento dos custos da importação, o que deve ocorrer neste ano. Entram na conta também a elevação dos preços de matérias-primas da China e o aumento de custos da logística pela escassez de contêineres e navios.

"A valorização da moeda chinesa em relação ao dólar, impulsionada pela perspectiva de crescimento da economia local, que deve atingir o maior pico em dois anos, e o aumento generalizado dos custos das matérias-primas e embalagens, como papelão e resinas, têm pressionado a indústria a reajustar seus preços para a próxima safra."

Dados do Sindiveg indicam que, em 2020, a área tratada com defensivos cresceu 6,9% no país, chegando a 1,6 bilhão de hectares. O cálculo considera o volume de produtos e de aplicações de insumos, assim como a área cultivada.

R$ 21 bilhões

No ano passado, mesmo com a pandemia, as 26 associadas do Sindiveg financiaram R$ 21 bilhões em compras de defensivos agrícolas com prazo médio de 240 dias para pagamento, mesmo valor de 2019. Além disso, investiram R$ 437 milhões em ativos fixos, ações de marketing e pesquisa e desenvolvimento, um aumento de 23%. Já os investimentos diretos nas indústrias somaram R$ 264 milhões.

O Sindiveg, fundado há 79 anos, representa cerca de 40% do setor. Entre as associadas distribuídas pelo país estão Ourofino, Adama, Ihara, Nortox, Sumitomo Chemical, UPL, Bequisa, Sipcam Nichino e Albaugh.
Source: Rural

Leave a Reply