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(Foto: Reprodução/InstagramKFC)

 

A final da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês) – o campeonato esportivo mais lucrativo do mundo, de acordo com a Forbes – será disputada na noite deste domingo (7/2) e deve mobilizar uma grande audiência tanto nos Estados Unidos quanto em outras partes do mundo, incluindo o Brasil. Um evento esportivo que, além de entreter milhões de espectadores, tem um grande impacto na cadeia produtiva de alimentos, lembra análise divulgada pela Bloomberg.

O duelo final da NFL – que, neste ano, coloca frente a frente Tamba Bay Buccaneers e Kansas City Chiefs – é considerada uma data de alto consumo no país. E as asinhas de frango fritas devem ser o petisco favorito dos fãs em 49 dos 50 Estados americanos. É o que aponta um levantamento do National Chicken Council, entidade que represneta produtores de frango dos Estados Unidos citado pela agência.

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De olho na oportunidade, avicultores passaram a buscar soluções criativas para estimular as vendas da carne de frango, apesar dos altos preços do produto. O mercado enfrenta problemas de demanda provocados pelo encarecimento da asinha de frango, que puxou os valores de mercado de outros cortes, como coxa e peito. A pandemia de Covid-19 ainda levou restaurantes e escolas – clientes fundamentais para o setor- a fecharem as portas e fez cruzeiros e eventos serem cancelados, acentuando a crise.

Para superar o baixo consumo, fazendeiros recorreram à venda direta, isto é, comercializar os cortes de frango ao consumidor final sem a intermediação de um varejista. A Bloomberg cita como exemplo a Montaire Farms: a empresa alimentícia sediada no estado americano de Delaware vendeu, no final de janeiro, caixas de 18 KGs de frango diretamente aos clientes, em uma live no Facebook. O negócio foi uma pechincha para o público e ajudou a fazenda a esvaziar seus freezers.

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O vice-presidente da Urner Barry, publicação especializada em commodities, Russ Whitman, afirmou à Bloomberg que a transição não deve ter sido muito lucrativa e que o formato deve se tornar menos frequente no curto prazo. “Ainda é possível fazer compras direto da caçamba, mas a modalidade de comércio não está nem perto de ser a prevalente. O mundo está em outro estágio”.

Com o avanço da vacinação nos Estados Unidos, há expectativa de retomada da economia norte-americana, impulsionando as vendas de carne de frango, com a recuperação de áreas muito afetadas, como os restaurantes de alta gastronomia, analisa a Bloomberg. Por enquanto, empresas de fast food seguram a demanda da indústria avícola.

Embora os números sejam decepcionantes, o National Chicken Council espera que o consumo de asinhas de frango durante o Super Bowl alcance às 1,42 bilhão de peças, uma cifra inédita 2% maior do que a registrada no ano anterior.

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De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país exportou mais de 3 milhões de toneladas de proteína de frango, sendo o segundo maior exportador do produto, atrás apenas do Brasil.

Abacate

Outra preferência da torcida no Super Bowl é o guacamole, iguaria mexicana à base de abacate. Tanto que as exportações da fruta a partir do México costuma ter uma disparada na época do jogo decisivo do futebol americano.

Nas quatro semanas que antecedem a data marcada para a partida, um caminhão a cada seis minutos parte carregado com ao menos 20 toneladas de abacate, de Michoacan – principal região produtora – com destino aos consumidores americanos, menciona a Bloomberg, citando Alvaro Luque, presidente da Avocados from México, entidade de promoção dos abacates mexicanos nos Estados Unidos. 

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No total, mais de 125 mil toneladas farão o trajeto no período – 20% a mais do que no ano anterior. Segundo Luque, a safra de 2020 de abacate garantiu o maior fluxo de exportação rumo aos EUA da história, superando o recorde anterior de 2019 em 10%. “Precisamos produzir mais para suprir a demanda insaciável e manter bons preços para os consumidores”, disse.
Source: Rural

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