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(Foto: Rogério Albuquerque/Ed. Globo)

 

A Administração de Supervisão do Mercado da Cidade de Jinhua, região central da China, reportou no início desta semana a detecção do novo coronavírus em mais um lote de carne brasileira, desta vez exportada pela BRF.

Segundo comunicado divulgado no site da província Zhejiang, onde está localizada a cidade, a carga inclui 1.626 peças de costela suína pesando 16,3 toneladas que foram “lacradas e descartadas”. Em nota, a BRF informou que não foi comunicada do incidente.

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“A BRF informa não ter sido notificada oficialmente pelas autoridades chinesas acerca de quaisquer possíveis problemas com seus produtos exportados a este país. A empresa ressalta a segurança e a alta qualidade de seus alimentos fornecidos no mundo inteiro, em conformidade com os regulamentos e os rígidos padrões internacionais de segurança e higiene”, afirmou a companhia.

Segundo as autoridades chinesas, a carga entrou no país pelo porto de Porto Yangshan, em Xangai, onde recebeu certificado de inspeção e quarentena no último dia 18 de janeiro. De lá, foi transportado para um depósito onde novos testes foram realizados em 17 amostras do produto.

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“No dia 28 de janeiro, os resultados dos testes mostraram que duas amostras da embalagem interna e da embalagem externa foram inicialmente triadas como positivas e, após a confirmação pelo Centro Municipal de Controle e Prevenção de Doenças, as duas amostras foram positivas”, afirma o comunicado divulgado pela província de Zhejiang.

Após a confirmação da contaminação, 46 trabalhadores que tiveram contato com o lote foram testados e tiveram resultado negativo para a doença. Outros 13 contactantes seguem em isolamento e observação. Desde que constatou um novo surto da doença em um mercado em Pequim no ano passado, a China aumentou as exigências relacionadas à testagem dos produtos in natura refrigerados.

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Protocolo publicado pela Administração Geral de Alfândegas do país em setembro do ano passado prevê a suspensão automática de importação de empresas cujos produtos refrigerados apresentem teste positivo para Covid-19 em um ou dois episódios de testagem.

Caso seja constatado teste positivo em mais de três situações, o período de suspensão é ampliado para quatro semanas. Até o momento, contudo, o órgão chinês não informou nenhuma suspensão relacionada à BRF.

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A empresa teve duas unidades suspensas no passado por problemas relacionados à Covid-19, uma em Dourados (MS), e uma em Lajeado (RS). A interrupção das exportações por cerca de quatro meses, contudo, não interferiu nas vendas ao país, segundo apontou o CEO global da BRF, Lorival Luz, em entrevista à Revista Globo Rural.

“Eles ficaram mais restritivos, sim. Restritivos em algumas plantas, fazendo inspeção on-line, acompanhamento, mas o fluxo seguiu e a perspectiva é que continuará seguindo. Porque a demanda da China [por proteínas] ainda continuará”, afirmou o executivo.

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Segundo as autoridades de Zhejiang, a cidade de Jinhua mantém seis armazéns de supervisão em operação. Com cerca de um mês de funcionamento, já foram realizados 1.440 testes de Covid-19 em alimentos refrigerados importados, gerando o descarte de 4,5 mil toneladas de produtos contaminados.

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ressalta que a contaminação do lote brasileiro de carne suína ocorreu após a entrada do produto no país e que “não há comprovação científica de risco de contaminação de Covid-19 por meio do consumo de alimentos”.

“Vale ressaltar que a BRF, citada por alguns veículos de imprensa como produtora da carga, segue os mais rígidos protocolos público e privado (validado pelo Hospital Israelita Albert Einstein) para a inocuidade e segurança dos produtos, e para a preservação da saúde dos seus colaboradores”, defende a entidade.
Source: Rural

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