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(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

 

Eleito com 302 votos em primeiro turno para a presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), defendeu uma pauta emergencial, atenção à responsabilidade fiscal e à questão social.

"Irei propor ao novo presidente do Senado uma ideia geral que chamo de 'Pauta Emergencial', para encaminharmos os temas urgentes que exigem decisões imediatas", disse o empresário, advogado e pecuarista, que tem 51 anos e está no terceiro mandato como deputado federal.

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"O que fará parte dessa pauta? Não serei eu que irei dizer. Seremos nós, todos nós, todas as instâncias desta Casa, o Colégio de Líderes, as bancadas, respeitando a proporcionalidade. E iremos travar esse debate com os demais Poderes, de forma transparente e coletiva", disse, procurando passar um tom conciliador.

Ao prometer união, agradeceu seu principal adversário, Baleia Rossi (MDB-SP), que recebeu 145 votos. Mas, em seguida, destituiu o bloco que havia dado sustentação ao emedebista, alegando que seu registro ocorreu após o prazo limite predeterminado, atitude que pegou de surpresa boa parte do plenário e pode acirrar os ânimos na Casa.

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Com a decisão de Lira, a votação para os demais cargos da Mesa Diretora foi desconsiderada e será realizada nova sessão nesta terça-feira (2/2) para a definição com o novo cálculo de proporcionalidade.

O governo, que creditava parte dos problemas do país à condução de Rodrigo Maia (DEM-RJ), trabalhou pesado pela eleição de Lira, mas a vitória custará a liberação de recursos para emendas parlamentares – ativos extremamente desejados em ano pré-eleitoral – e também cargos no Executivo.

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"Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em estado de desespero econômico por causa da Covid-19 e temos de examinar como fortalecer nossa rede de proteção social. Temos de vacinar, vacinar, vacinar o nosso povo. Temos de buscar o equilíbrio de nossas contas públicas, de dialogar com a sociedade e o mercado de forma transparente para que haja uma compreensão do que é possível e não é possível fazer e daquilo que, de forma previsível, pode ser pactuado ou não", discursou.

Promessa de independência

Líder do PP e também do chamado centrão, o deputado construiu sua candidatura desde o ano passado em conversas com cada setor e bancada da Câmara.

A despeito da preferência do Planalto, Lira promete atuação independente e decisões coletivas, a partir de reuniões do colégio de líderes. Também prometeu atuação em consonância com os demais Poderes.

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"Mais do que nunca é preciso que os Poderes da República atuem com harmonia e responsabilidade, sem abrir mão de sua independência, pois a democracia é um mosaico em que os contrastes produzem ao final um resultado multifacetado, como é a nossa sociedade."

Sobre um eventual impeachment de Bolsonaro, Lira tem dito que a crise trazida pela pandemia de Covid-19 não deve ser politizada e não pode servir de motivo para eventual impedimento do presidente. Fontes apontam, no entanto, que a eleição de Lira não implica em uma blindagem permanente do presidente Jair Bolsonaro.

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O parlamentar admite, por outro lado, que poderá haver a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a gestão da saúde no enfrentamento à pandemia, desde que preencha as exigências mínimas.
Source: Rural

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