Skip to main content

Tratoraço em São Paulo (Foto: Twitter/@rafa_sanches)

 

Apesar da suspensão anunciada pelo Governo de São Paulo do aumento da cobrança do ICMS para produtos agropecuários, o setor ainda aguarda a publicação da medida. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Salles Meirelles, disse, nesta quinta-feira (7/1), que o secretário de Agricultura do Estado, Gustavo Junqueira, garantiu a publicação oficial ainda nesta semana.

“Realmente o governo visualizou que precisaria retroagir nesse aspecto. Não apenas pelo ‘tratoraço’. Acredito que foi um ponto importante que o governador compreendeu a necessidade dos produtores da sociedade e como o aumento desse imposto afetaria tanto na cesta básica como na rentabilidade e competitividade do produtor”, disse Meirelles.

Em entrevista à Revista Globo Rural, também nesta quinta-feira (7/1) esta manhã, o secretário de Agricultura do Estado, Gustavo Junqueira, reafirmou o compromisso do governo em recuar com o aumento de 4,14% para produtos agropecuários, além de manter a isenção do ICMS para a energia elétrica rural, que passaria a ter uma alíquota de 13%. Junqueira garantiu de que “não haverá tributação ao agro em SP”.

Conscientização

Sobre o ‘tratoraço’ organizado pelos representantes do setor produtivo do agro, Tirso Meirelles avalia ter sido um importante movimento de conscientização da união entre os produtores rurais e da sociedade civil. “Nós tivemos o apoio de quase todas as federações e Estados, do Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Oganização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), sindicatos de todo o Estado”, ressaltou.

Segundo ele, o movimento foi totalmente ordeiro, apolítico e cívico e não houve qualquer problema nos locais onde ocorreu nem interrupção de fluxo de veículos. “Utilizamos todos os códigos de segurança passar para a sociedade que o contexto de um aumento não era referente ao produtor rural, mas sim dos alimentos. E a sociedade recebeu muito bem”, avaliou.

saiba mais

"Não haverá qualquer tributação ao agro em SP", diz Gustavo Junqueira

Agricultores vão às ruas de São Paulo em "tratoraço" contra alta do ICMS

 

Meirelles lembrou do impacto do aumento de imposto. Um trabalhador, que investe hoje cerca de 40% do seu rendimento na compra de produtos da cesta básica e alimentos, seria afetado com o aumento do ICMS com uma alta de 7,5% a 30% nos gastos com esses itens.

O vice-presidente da Faesp ressaltou ainda que a união do setor vai ser produtiva para os próximos desafios deste ano, como a implantação do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas (Prada), em que o produtor demonstra as medidas que tomará para adequar sua propriedade ao Código Florestal.
Source: Rural

Leave a Reply