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(Foto: Thinkstock)

 

O setor sucroenergético termina o ano com uma das melhores safras de sua história, com cerca de 605 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e um rendimento médio alto, de 160 quilos de ATR (açúcares totais recuperáveis) por tonelada, provocado pelo veranico ocorrido entre abril e setembro.

“A qualidade da cana colhida nos canaviais é muito superior às temporadas anteriores. Tivemos mais produto (ATR) do que massa”, resumiu o diretor técnico da União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues.

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Análises preliminares apontam que a safra 2021/2022, que começa em abril, deve ser menor que a atual, devido ao clima seco que se estabeleceu na Região Centro-Sul a partir do último trimestre de 2020 e, ainda, aos incêndios que atingiram boa parte dos canaviais nessa região. “Cravar qualquer número é precipitado, mas certamente a oferta de cana-de-açúcar será menor em 2021/2022”, disse Pádua.

Já a demanda para a commodity em 2021 deve ser maior. “A safra global começou em outubro, com um déficit de 1 milhão de toneladas, devido a quebras em países como Tailândia e Rússia e na União Europeia”, explicou Fábio Meneghin, da Agroconsult. “As projeções iniciais de preço aumentaram de US$ 12,75 por libra para US$ 14 por libra.”

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Nesses países, que são os principais concorrentes do Brasil, as quebras de safra foram provocadas pelo clima seco e pelas altas temperaturas, que afetaram o desenvolvimento das lavouras. A expectativa é que a safra global de açúcar seja de 173,3 milhões de toneladas, segundo o consultor. “Se não fosse a ótima produção brasileira e a grande expectativa para a safra indiana, o déficit poderia ser maior.”

A produção de açúcar na Índia deve chegar a 31 milhões de toneladas; na Austrália, a 4,1 milhões de toneladas; enquanto a União Europeia deve produzir 15 milhões de toneladas (quebra provocada pelo clima seco e pela icterícia transmitida por pulgões) e a Rússia, 5,1 milhões de toneladas.

“A produção na Tailândia deve cair 8%, para 7,6 milhões de toneladas, e a China deve ser a maior importadora de açúcar, com 5 milhões de toneladas”, afirma Meneghin.

 
Source: Rural

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