Navios carregados com grãos na região de Rosario, na Argentina (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)
Os trabalhadores de indústrias oleaginosas e inspetores de grãos da Argentina mantinham nesta sexta-feira (18/12) uma greve que já dura mais de uma semana, afetando a produção de farelo de soja e as exportações agrícolas do país, sem sinais de que um acordo salarial possa ser fechado no curto prazo.
As empresas produtoras de farelo e agroexportadoras têm mantido negociações com os sindicatos de trabalhadores do setor de oleaginosas em relação ao reajuste salarial de 2021. Ambos os lados acusam o outro de intransigência nas conversas.
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"Estamos pedindo que eles interrompam a greve e voltem à mesa de negociações o mais rápido possível. Por enquanto, não tivemos resposta", disse Gustavo Idigoras, presidente da Câmara de Empresas Exportadoras e Processadoras de Oleaginosas (Ciara-CEC).
Também faz parte da greve o sindicato Urgara, de inspetores de grãos, necessários para o fluxo das safras argentinas nos portos. "Não há nada de novo em relação às negociações. Não parece que qualquer coisa vá acontecer até a semana que vem", disse um porta-voz do Urgara.
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A paralisação afetou os embarques da maior exportadora de farelo de soja do mundo. As greves são comuns na Argentina, onde os empregadores são pressionados a conceder aumentos salariais em linha com a alta inflação.
Os preços ao consumidor no país subiram 3,2% apenas em novembro e 30,9% nos 11 primeiros meses do ano, segundo dados oficiais.
Source: Rural