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Fernando Pimentel, presidente da Abit (Foto: Divulgação/Abit)

Em meio a uma retomada da sua produção nos últimos meses, a indústria brasileira de têxteis está otimista com 2021 e espera, se tudo der certo, retomar as perdas registradas ao longo deste ano – quando as medidas de isolamento social derrubaram em mais de 50% a produção no início da pandemia. As perspectivas positivas, contudo, dependem dos avanços no combate à Covid-19.

Caso os governos estaduais endureçam as medidas sanitárias, com fechamento de estabelecimentos comerciais não essenciais, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Têxteis e de Confecção (Abit) avalia que o cenário seria “desastroso” e “dramático” para as empresas do setor. “Se parar por três meses, na melhor das hipóteses repetimos o desempenho de 2020. Porque vai mudar todo o planejamento”, ressaltou Fernando Pimentel durante apresentação do balanço anual da indústria têxtil e as perspectivas para 2021.

Além da segunda onda de Covid-19, Pimentel destaca o fim do auxílio emergencial e o andamento dos projetos de reforma econômica no próximo ano como fatores determinantes para o desempenho do setor após uma queda de quase 6% no faturamento este ano. “Se tivermos uma situação acometendo demais a sociedade, isso drena a energia, drena o emocional e a vontade de fazer coisas que você faria se tivesse uma expectativa mais favorável. Então esses próximos 60 a 90 dias serão críticos”, avalia o presidente da Abit.

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Partindo do cenário atual, com funcionamento do comércio avanço nas tratativas para a um plano nacional de vacinação, a Abit prevê um crescimento de 10,4% no valor da produção de manufaturas têxteis em 2021 e de 23,4% para a produção de vestuário, com R$ 55,3 bilhões e R$ 152,1 bilhões, respectivamente. O resultado, se confirmado, deverá gerar a criação de 25 mil empregos após a demissão de 39 mil trabalhadores do setor este ano.

“Óbvio que se esse recrudescimento ensejar um lockdown rigoroso, de interrupção das atividades comerciais ditas não-essenciais como ocorreu praticamente por 90 dias de final de março a junho, esses números terão que ser revistos”, pontua Pimentel.
Source: Rural

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