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(Foto: Thinkstock)

 

Ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional, a produção de etanol de milho deve crescer 80,3% no atual ciclo, chegando a 3,021 bilhões de litros. A informação está no relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) relativo à produção de cana-de-açúcar 2020/2021.

Do total estimado, 2,901 bilhões de litros devem ser produzidos na região Centro-oeste, que concentra também a maior parte da produção brasileira do cereal. Mato Grosso, líder nacional, deve produzir 2,390 bilhões de litros de etanol de milho.

“Em Mato Grosso, apesar da pandemia, que causou um cenário de incertezas no primeiro semestre, as usinas foram unânimes em afirmar que não houve perdas financeiras que comprometessem os investimentos no segmento agrícola e industrial para a atual safra”, diz a Conab.

Segundo a Companhia, a programação era otimista para o mercado de etanol de milho no início do ano. Mas, em março, já sob efeito da pandemia e coronavírus, o mercado viu preços do cereal em alta e preços de combustíveis em queda. O impacto para o setor só não foi maior, de acordo com os técnicos, por conta de outros derivados do processamento do grão.

"O setor vinha com a programação otimista para o etanol de milho, quando em março, os preços do cereal explodiram, enquanto o etanol caiu fortemente, prejudicado pelas disputas internacionais do petróleo. O impacto somente não foi maior para o segmento graças aos subprodutos derivados do processamento do grão", diz o relatório.

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Na visão da Conab, o mercado do milho enfrenta menos problemas com sazonalidade e menor dificuldade com armazenamento. Esses fatores, aliados à versatilidade de uso do cereal, favorecem a produção do biocombustível e a tendência é de que outros estados ampliem sua participação nesse mercado.

"As condições que viabilizaram o sucesso do etanol de milho no Brasil foi a matéria-prima barata e abundante, além da localização concentrada da produção e da demanda pelos subprodutos", ressalta o relatório. "É esperada que outros estados participem na ampliação da oferta do biocombustível a partir do etanol de milho", acrescenta.

O relatório menciona que, em Rondônia, por exemplo, estão em fase final as tratativas para construção de uma usina com capacidade de processar 750 toneladas de milho por dia, com uma produção de 315 mil litros de etanol e 147 toneladas de DDG, produto usado na alimentação animal. A região sul responde por cerca de 70% da produção de milho do Estado, de acordo com a Companhia.

Ainda conforme o relatório, Goiás tem quatro usinas que processam milho para a produção do combustível. Neste ciclo, o Estado deve produzir 511,470 milhões de litros (+73%). Indústrias que processam cana-de-açúcar estão buscando a opção de processamento do cereal, além da construção de novos empreendimentos para a produção exclusiva de etanol a partir do cereal. 

Outro estado que deve ter aumento de produção é o Paraná. De acordo com a Conab, o estado deverá produzir 112,773 milhões de litros de etanol de milho.
Source: Rural

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