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(Foto: José Medeiros/Ed. Globo)

 

O fenômeno climático La Niña está perdendo força e deve ter efeitos mais brandos na safra de verão, segundo dois especialistas em clima ouvidos nesta sexta-feira (4/12) pela Globo Rural. “A soja está entrando agora no período de florescimento e, se janeiro e fevereiro não forem tão secos como é a indicação dos modelos meteorológicos europeus, ainda acredito em safra cheia”, diz o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Rural Clima.

Ele trabalha com uma estimativa de supersafra de 132 milhões de toneladas, 3 milhões menor que sua previsão anterior. A queda se explica pela perda do potencial produtivo das lavouras devido ao tempo seco em setembro e outubro.

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Patricia Madeira, diretora de meteorologia da Climatempo, não faz previsão de volume de safra, mas diz que as previsões são boas. “O La Ninã está estabelecido, mas a chuva começou a aumentar no sul do Brasil, o que é contra os critérios do fenômeno, que indica tempo seco no sul e chuvas irregulares no Nordeste.”

Ela diz que o fenômeno deve perder efeitos no final de dezembro. “A região sul terá água suficiente para a agricultura em dezembro e janeiro. Já no Nordeste, a chuva vai ficar abaixo da média, o que deve acarretar uma situação menos favorável do que a da última safra.”

A falta de chuvas na época do plantio levou consultorias de agronegócio a reduzirem suas projeções de safra da soja, ficando entre 130 milhões e 135 milhões de toneladas, com aumento de área de 3% a 6%. Em seu levantamento de novembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou 134,953 milhões de toneladas, um acréscimo de 10,109 milhões de toneladas em relação à safra 2019/20.
Source: Rural

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