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(Foto: Google Maps)

 

Após desenvolver trabalhos com base em imagens de satélites para mapeamento da produção agrícola de culturas como cana, café e arroz irrigado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretendem, ainda neste ano, mapear toda a safra de soja no país.

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, o uso dessa tecnologia ajuda o país de obter dados e informações sobre o principal produto agrícola produzido no Brasil.

“A soja é plantada em localidades muito distantes, em nosso país. Isso dá a dimensão do nosso desafio [em fazer esse mapeamento]”, disse Bastos nesta quinta-feira (12/11), durante seminário virtual promovido pela companhia sobre o uso de satélites no mapeamento agrícola.

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“Esperamos, em 2021, já estar com força total para dar continuidade a esse mapeamento”, acrescentou o presidente da estatal, ao lembrar que, desde 2010, a Conab já vem fazendo uso de imagens de satélites para ajudar o agronegócio brasileiro.

Entre os mapeamentos já feitos, estão os de cana (100% da área, em 2013/14), café (98,4%, em 2019) e arroz irrigado (97,5%, em 2019/20). De acordo com o superintendente de informações do agronegócio da Conab, Cleverton Santana, a expectativa é mapear a soja inicialmente e, deepois, ir para outras culturas, como milho – especialmente na segunda safra.

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Ainda de acordo com Santana, esses trabalhos têm, entre seus objetivos, produzir informações agrícolas que possam subsidiar a ação governamental. Segundo ele, a geolocalização beneficia não só produção, mas logística, armazenagem e indústrias ligadas ao agronegócio.

“Vamos produzir informações diárias fidedignas. É uma ferramenta que ajuda na avaliação dos diversos tipos de impactos que podem ocorrer na produção, apontando inclusive possíveis problemas climáticos e perdas”, disse.

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Entre os desafios apontados pela pesquisadora do Inpe Ieda Sanches durante o seminário, está desenvolver tecnologias que possibilitem a observação de áreas quando cobertas de nuvens. Ela se diz otimista com os constantes avanços tecnológicos.

“É crescente a disponibilidade de imagens de satélites. Há, atualmente, uma constelação de satélites, que possibilita aumento da resolução temporal (satélites passando com mais frequência nas regiões a serem analisadas)”, ressaltou a pesquisadora.
Source: Rural

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