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Ceagesp, em São Paulo, registrou a maior alta de produtos como laranja e banana, de acordo com a Conab (Foto: Fernanda Bernardino/Ed. Globo)

 

Outubro foi de aumento de preços de frutas na maior parte das centrais de abastecimento pesquisadas no boletim Prohort, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados referentes ao mês passado foram divulgados nesta sexta-feira (13/11). O relatório analisa os produtos com maior representatividade na comercialização das Ceasas e que têm maior impacto na inflação. (veja tabela abaixo)

Na laranja, a alta mais expressiva foi registrada na Ceagesp, em São Paulo, de 30,04%. O Rio de Janeiro foi onde o preço subiu menos: 4,86%. Fortaleza foi o único local onde a fruta teve desvalorização no comparativo entre outubro e setembro, de 2,44%.

“Essa elevação das cotações se deu em virtude da presença de poucas frutas de boa qualidade da variedade pera, em meio à comercialização de frutas de qualidade inferior, que estavam murchas por causa da seca que se abateu nas principais regiões produtoras”, informa a companhia.

Banana

Foi em São Paulo também a maior alta de preços da banana, de acordo com os técnicos. Na Ceagesp, a fruta ficou 7,9% mais cara no mês passado. No Rio de Janeiro, aumentou 1,88%. Onde houve baixa, o destaque foi Recife (PE), com 19,79%. Em Brasília (DF), a queda foi de 2,51%.

“A comercialização de banana prata teve alta da oferta em todas as Ceasas e inversão da curva de preços, pois o tempo quente nas principais regiões produtoras fez com que houvesse a antecipação da colheita. Assim, ocorreu pressão para haver diminuição das cotações. Já a banana nanica continuou com a oferta limitada, principalmente na primeira quinzena do mês. O calor e a seca foram fundamentais para tanto. Contudo, os elevados preços anteriores e a concorrência com a prata, mais barata, acabaram pressionando as cotações e impedindo maiores valorizações”, diz o relatório da Conab.

Maçã

No caso da maçã, a exceção foi a Ceasa de Brasília (DF), onde o Prohort registrou queda de 1,73% no preço. De outro lado, São Paulo foi onde a fruta subiu mais, 14,22%. A menor valorização ocorreu na Ceasa de Fortaleza: alta de 1,2%.

Segundo a companhia, os estoques das empresas classificadoras ficaram menores que em setembro. E isso aconteceu em um ano com quebra de safra e estímulo às exportações por conta da valorização do dólar em relação ao real. 

“Assim, mesmo que a demanda tenha estado restrita no fim do mês, por causa da queda do poder aquisitivo e por causa do tempo mais ameno nas principais regiões consumidoras, a oferta em declínio ajudou a manter as cotações em patamares elevados”, analisa a Companhia, no boletim.

Mamão

Ainda de acordo com o Prohort, o mamão só não subiu nas Ceasas de Recife e de Fortaleza em outubro. As retrações foram de 5,14% e de 0,74%, respectivamente. Já em Goiânia (GO) foi registrada a maior alta no preço da fruta no mês passado: 50,59%.

Conforme o relatório, houve um aquecimento da demanda na maioria dos entrepostos, especialmente nos primeiros 15 dias do mês. E isso levou a uma alta de preços, ajudada também pela menor oferta da variedade formosa nas principais regiões produtoras. Na segunda metade de outubro, a situação se inverteu.

“Já na segunda quinzena do mês ocorreu queda dos preços e da rentabilidade do produtor – já limitada esse ano por causa do efeito da pandemia sobre as compras institucionais e as atividades comerciais no primeiro semestre – por causa do tempo mais ameno, provocado principalmente pelas chuvas nos principais centros consumidores. Esses fatos pressionaram os preços no atacado”, diz a Conab. 

Melancia

Já no caso da melancia, outubro foi de queda na maior parte das centrais de abastecimento pesquisadas pela Conab. Destaque para a de Brasília (DF), onde a fruta ficou 49,13% mais barata em comparação com setembro. A redução menos expressiva foi vista em Goiânia (GO), de 2,95%. Já em Belo Horizonte (MG), a melancia ficou 9,22% mais cara no mês passado, a maior variação entre os locais onde houve aumento.

“Outubro também mostrou aumento da quantidade comercializada junto à queda de preços em diversas Ceasas, à exceção das maiores da Região Sudeste, que tiveram leves altas. O calor que afetou o Centro-Sul do país estimulou o aumento do consumo da melancia, principalmente na primeira quinzena”, informa o Prohort.

(Foto: Reprodução/Conab)

 
Source: Rural

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