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(Foto: Divulgação John Deere)

 

A área agrícola com uso de agrotóxicos aumentou 7,1% no Brasil – 59,67 milhões de hectares – entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Houve aplicação em 904,1 milhões de hectares contra 844,5 milhões no ano anterior.

Os dados são de estudo divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), que representa cerca de 40% do setor. Entre os produtos, os inseticidas representaram 27% da área entre janeiro e setembro, seguido por herbicidas (24%), fungicidas (17%) e tratamento de sementes (8%).

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Em relação às culturas, a liderança é da soja (34% da área total), seguida de milho (24%), algodão (15%), cana de açúcar (6%), pastagem (5%), feijão (4%) e hortifrútis (3%).

No acumulado do ano, Mato Grosso liderou em área aplicada, com 27%. Em seguida, aparecem São Paulo (14%), a região do Matopiba (11%), Paraná (10%), Rio Grande do Sul/Santa Catarina (10%), Goiás (8%), Minas Gerais (8%) e Mato Grosso do Sul (7%).

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Só no 3º trimestre, a área cresceu 5% – foram 212,2 milhões de hectares contra 202,2 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. O levantamento também destaca que o faturamento em dólar para defensivos aplicados nas lavouras caiu 18% no 3º trimestre, atingindo US$ 1,39 bilhão. Segundo o Sindiveg, uma das causas é a desvalorização cambial.

No trimestre, os produtos mais usados foram os herbicidas, que combatem as plantas daninhas e representaram 51% do investimento em dólar dos produtos aplicados, seguido por inseticidas (18%), fungicidas (15%) e tratamento de sementes (10%). 

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Em relação às culturas, soja (39%) e pastagens (19%) lideraram em termos de área tratada no 3º trimestre. O estudo ainda aponta crescimento de 3,4% da área cultivada de soja para a safra 2020/2021, com aumento do uso de tecnologias para combater os principais desafios, como ferrugem asiática, percevejos, nematódeos e ácaros, entre outros problemas.

Quanto ao milho safrinha, a projeção é de crescimento de 4% na área em relação à safra passada, especialmente para sugadores, manchas foliares e tratamento de sementes. Quanto ao algodão, a expectativa é de recuo de 3% na área, porém, maior necessidade de tecnologias para proteção e controle do cultivo contra bicudo e a ramulária.

O aumento da produção agrícola em um país tropical, como o Brasil, cobra o seu preço. Nosso clima e temperatura são ideais para a disseminação de doenças, pragas e ervas daninhas cada vez mais resistentes e desafiadoras. Os defensivos agrícolas desempenham um papel essencial no controle desses inimigos, proteção dos cultivos e aumento da produção de alimentos

Julio Borges Garcia, presidente do Sindiveg

 
Source: Rural

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