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Biden x Trump (Foto: Globo Rural)

 

No momento em que os americanos votam para eleger o presidente que comandará os Estados Unidos pelos próximos quatro anos, a pergunta por aqui é que influência o resultado pode ter nas relações do país com o Brasil.

Para a economista Monica de Bolle, pesquisadora sênior no Peterson Institute for International Economics e professora na School for Advanced International Studies na Universidade Johns Hopkins, em Washington, independentemente de o republicano Donald Trump ser reeleito ou o democrata John Biden sair vitorioso, pouca coisa deve mudar do ponto de vista das relações econômicas entre os dois países.

Mas, segundo ela, “uma vitória democrata torna a vida do (presidente Jair) Bolsonaro no Brasil um pouco mais difícil, pelo menos no que diz respeito às relações externas, porque ele não vai ter esse suposto aliado que acha que tem”. Na visão da pesquisadora, embora Bolsonaro considere Donald Trump um aliado, o presidente americano “não dá a mínima para o Brasil”, um país “nanico” na diplomacia internacional. Já Biden, se vencer, “vai dar uma dar uma atenção maior para a América Latina como um todo, coisa que o Trump não fez”.

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Para a economista, se o candidato democrata for eleito, as relações com o Brasil “ficam estremecidas, sem dúvida, por conta de fatores como as queimadas na Amazônia e no Pantanal, as políticas relacionadas a meio ambiente e todo o desmonte ambiental que foi feito no Brasil”. Isso porque, observa, “esse é um tema extremamente caro para os democratas. Então, as tensões vão existir”.

As implicações econômicas de uma vitória de Biden, porém, devem ser limitadas, ela avalia. “Há, sim, um efeito de imagem, um efeito simbólico grande. Com uma vitória do Biden, e dos democratas, o Brasil certamente vai ser chamado a responder por uma série de coisas, muito mais do que com o Trump, mas não tem grande implicação econômica”.
Source: Rural

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