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Produção de flores da Maggy Flores, de Holambra (Foto: Divulgação)

 

Os produtores de flores ainda vivem dias de incertezas em relação à crise instalada pelo novo coronavírus. Mesmo assim, alguns estão otimistas e decidiram aumentar a produção para recuperar as perdas do início da pandemia, apostando nas vendas para o Dia de Finados.

A previsão é de que haja um volume menor de produtos, mas que os preços melhorem.  “De modo geral, esperamos crescer neste período ao menos 10% no faturamento de produtos específicos para a data em relação ao ano anterior, mesmo com uma regressão entre 15% e 20% quanto ao volume”, avalia Jorge Possato Teixeira, CEO da Cooperativa Veiling Holambra.

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Os produtos mais comercializados nesta época pela cooperativa são os crisântemos em geral, antúrios, flor-da-fortuna e as suculentas, que destacam-se pela delicadeza e pela facilidade de cuidados. Na previsão da Veiling Holambra, não deve faltar flores para os consumidores na data, mas, com a regressão no volume e o aquecimento nas vendas de última hora, a oferta de algumas variedades poderá ser menor e não atender toda a demanda.

O Grupo Swart, produtor de Kalanchoes, está entre os que decidiram ampliar a produção para Finados. No total, 150 mil vasos extras foram plantados pensando na data. “Registramos um aumento de produção em torno de 10% a mais em relação ao ano passado. Acreditamos que o pior da pandemia já teria passado antes desta data e que o consumo aumentaria. Acertamos, pois já temos em torno de 70% da produção vendida antecipadamente. Nossa expectativa é de que o resultado seja melhor do que o do ano passado”, diz Victor Villa Nova, do Grupo Swart.

A equipe do Rancho Raízes aumentou a produção de crisântemos em 18% a partir de agosto em relação a 2019. Otimista com a data, a equipe está disponibilizando 54 variedades em diferentes formas, tamanhos e cores.

Produção de crisântemos do Rancho Raízes (Foto: Divugalção)

 

Outros produtores, porém, mesmo otimistas com a data, decidiram não arriscar. Produtor de crisântemos, Pedro Pennings, da Maggy Flores e Plantas, diminuiu a produção regular semanal em 20% devido à pandemia. Para o pico de Finados, a quantidade produzida não subiu em relação ao ano passado, mas ele diz que a situação está normalizando gradativamente.

Johnny e Bete Kortstee, da Isidorus Flores, que cultivam roseiras em vaso e bola belga, ficaram com “um pé atrás” diante da possibilidade de não abertura dos cemitérios ou de alguma nova informação sobre o crescimento dos casos de Covid-19. A cautela foi para evitar novos prejuízos. “Nós não vendemos toda a produção plantada, ainda. Nos anos anteriores, já tínhamos quase tudo vendido nesta mesma época”, dizem.

Contato com cemitérios

Como não há uma uniformidade no mercado nacional, o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) consultou os administradores de alguns dos maiores cemitérios do país, além da Associação dos Cemitérios e Crematórios do Brasil (Acembra), para melhor preparar todos os envolvidos na cadeia da floricultura nacional, que inclui produtores, atacadistas e floristas.

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O instituto também encaminhou carta ao presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette, pedindo para que sejam solicitadas às prefeituras de todo o Brasil permissão para a abertura dos cemitérios e para a venda de flores no fim de semana e no feriado com o objetivo de auxiliar o setor.
Source: Rural

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