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Ministra Tereza Cristina, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em live semanal (Foto: Reprodução/Youtube)

 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o preço do arroz deve cair com a entrada da safra nova a partir de janeiro. E que as importações, cujo imposto sobre o produto de fora do Mercosul foi zerado, apesar de não pressionarem as cotações do produtor, interromperam a tendência de alta. Ela participou, na quinta-feira (29/10), da transmissão semanal do presidente Jair Bolsonaro pelas redes sociais.

“O preço parou de subir e já tem uma ligeira queda. Mas vamos ter a nova safra de arroz chegando em janeiro e os preços vão cair”, disse a ministra, ao lado do presidente. “Importou pouca coisa, mas agora está entrando arroz das Guianas, deve entrar um pouco de arroz do Paraguai”, disse.

A ministra fez a avaliação apesar das primeiras projeções oficiais apontarem para safra menor no país. De acordo com o primeiro levantamento da safra 2020/2021, da Companha Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada com arroz no Brasil deve crescer 1,6%, para 1,692 milhão de hectares. Já a produção deve cair 2,7%, para 10,885 milhões de toneladas.

Tereza Cristina ressaltou que, nos últimos anos, o preço muito baixo e a concorrência com países vizinhos levou produtores de arroz a deixarem a atividade. Acrescentou que o governo fez um plano para recuperação da rizicultura, inclusive com a abertura de novos mercados. No entanto, mesmo com a maior produtividade no Brasil, houve um desequilíbrio no mercado, trazido pela pandemia de coronavírus.

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“O produtor, mesmo diminuindo a área, teve aumento de produtividade. E, neste ano, não tivemos a entrada de arroz do Paraguai, como tivemos no ano passado. Houve mudança de hábito na pandemia, passamos a comer mais arroz e deu uma subida de preços”, explicou, ressaltando que o rizicultor “não ganhou esse preço todo”.

O presidente Jair Bolsonaro destacou a demarcação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Lembrou que, na área demarcada, havia produção de arroz, o que fazia do estado autossuficiente no cereal. Segundo ele, se a reserva fosse 2% a 3% menor que o tamanho definido, não haveria problema.

“Roraima, que ela autossuficiente em arroz, passou a ser importador de arroz. Roraima, hoje, é um estado praticamente inviabilizado”, disse o presidente.

Ceagesp

O presidente Jair Bolsonaro comentou também a troca de comando na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp). Desde a última sexta-feira, o diretor-presidente da Ceagesp é o coronal Melo Araújo, ex-comandante da Rota, unidade da Polícia Militar de São Paulo. Bolsonaro disse que Araújo foi uma escolha pessoal e que ele tem total liberdade para fazer as mudanças necessárias.

“Assumiu na sexta-feira (23/10) e já achou um monte de coisa errada. Tem problema com lixo, segurança. Tem muita coisa errada lá que ele tem relatado para mim”, disse Bolsonaro, sem dar mais detalhes sobre o que tem sido relatado.
Source: Rural

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