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(Foto: JBS/Divulgação)

 

As inspeções sanitárias chinesas realizadas por videoconferência, que resultaram na recente reabilitação das exportações de dois dos oito frigoríficos suspensos pelo país no início da pandemia de Covid-19, deverão ajudar na liberação de novos produtos de exportação para o mercado chinês.

É o que apontou a assessora especial da ministra da agricultura e chefe do núcleo China da pasta, Larissa Wachholz, durante evento online do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) nesta quinta-feira (29/10).

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“Esse tipo de interação que temos hoje ajudou a construir uma relação de confiança entre os dois lados e é um elemento fundamental para o nosso esforço contínuo para abrir mercado para nossos produtos na China”, destacou Larissa, ao lembrar que o Brasil possui competidores geograficamente e politicamente mais próximos dos chineses.

“Outros países também são grandes exportadores de alimentos e eles estão frequentemente na China, em contato frequente com as autoridades chinesas – e nós precisamos fazer o mesmo”, apontou a assessora especial.

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A medida foi adotada após o início da pandemia de Covid-19 como forma de manter as inspeções regulares realizadas pelas autoridades chinesas periodicamente e foi a solução encontrada para atestar a conformidade dos frigoríficos brasileiros às regras sanitárias relacionadas à pandemia.

Desde julho, a China implementou uma série de medidas de segurança para importação de alimentos refrigerados, submetidos à testagem para detecção do coronavírus. Com isso, dois frigoríficos e um centro de processamento de pescados tiveram as exportações suspensas temporariamente para o país, como prevê o protocolo de segurança chinês, enquanto outros seis, suspensos no início da pandemia, seguem desabilitados.

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Segundo Larissa, as medidas são “cuidado extremo” da China, dada a baixa transmissibilidade do vírus através da manipulação de alimentos refrigerados.

“Mesmo que Brasil tenha sempre  enfatizado o uso de evidências científicas na implementação de qualquer protocolo, entendemos que os consumidores chineses estão muito atentos aos desafios da segurança alimentar, provavelmente mais que outros ao redor do mundo, e todos os esforços do Ministério da Agricultura têm sido para a total colaboração com as autoridades chinesas em tudo o que for preciso”, apontou a assessora especial da ministra.

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Larissa ainda destacou a criação de um canal direto via Whastapp com as autoridades chinesas para responder a questionamentos sobre o mercado de exportação de proteína animal. A maior proximidade com as autoridades sanitárias chinesas, diz ela, tem ajudado nos esforços do Brasil para diversificar as exportações para o país, com ganhos gerados vão “além da Covid-19”.

“Para cada novo produto a ser exportado para a China, precisamos negociar um acordo sanitário específico. Então, como temos uma comunicação mais fluida entre os dois lados, isso também torna mais fácil essas negociações”, conclui a assessora.
Source: Rural

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