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Pesquisadoras falaram sobre seus trabalhos e enfatizaram a participação feminina na pesquisa agropecuária (Foto: Divulgação/5CNMA)

 

Um painel totalmente dedicado à presença feminina, mostrando que, em matéria de ciência para a agropecuária, o Brasil tem avanços para mostrar, além de contar com mulheres em postos importantes na pesquisa em nível nacional e internacional. Assim, nesta terça-feira (27/10), o 5º Congresso Brasileiro das Mulheres do Agronegócio reuniu pesquisadoras para falar sobre os rumos da ciência no país.

Rosa Lia Barbieri, pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, é uma dessas cientistas. Pelos próximos dois anos, ela ocupará uma cadeira no Painel Consultivo Internacional responsável pela gestão do Banco Global de Sementes, em Svaalbad, na Noruega.

O local, situado no interior de uma montanha, foi criado para ser reserva genética de longo prazo para a conservação de sementes de todo o planeta. A Embrapa é a única instituição latino-americana que está representada no painel consultivo. No Congresso das Mulheres do Agronegócio, ela destacou a importância da conservação dos recursos genéticos para a agricultura

“É a partir desses recursos que são desenvolvidas variedades com características específicas, como resistência a pragas e doenças, tolerância a mudanças climáticas, além de mais nutritivas”, disse.

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A saúde do solo foi o tema da pesquisadora Iara de Carvalho Mendes, que está na Embrapa Cerrados desde 1989. Doutora no Assunto pela Oregon State University, nos Estados Unidos, ela destacou que o cuidado com o solo gera não apenas mais produtividade, como também benefícios ambientais.

Durante o painel, ela mencionou que, há três meses, foi lançada um anova tecnologia para saber se o solo está saudável. A intenção é fazer com que o agricultor saiba se está fazendo o manejo correto.

“Um solo saudável é muito importante porque emite menos gás de efeito estufa, sequestra mais carbono, armazena mais água, gera plantas mais saudáveis, tem mais potencial no controle biológico de doenças e pragas. Essa é uma pesquisa pioneira, pois nenhum outro agricultor no mundo tem esses dados na sua análise de solo”, disse Iara.

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Também da Embrapa, mas de Gado de Corte, Fabiana Villa Alves é, desde 2007, representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Segundo ela, o Brasil é hoje exportador de ciência, caso dos sistemas produtivos Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

“Mostramos que a pecuária não é a vilã; na verdade, ela é uma das grandes soluções dentro desse conceito e dessas mudanças climáticas devido às emissões de gases de efeito estufa. Foi isso o que cristalizamos dentro de uma marca conceito comercial que tem por trás a ciência”, disse ela, durante o Congresso, ao destacar que, atualmente, o Brasil tem 12,5 milhões de hectares nesse tipo de sistema.
Source: Rural

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