(Foto: Divulgação)
Após cair 3,2% em agosto, o abate de gado no Mato Grosso registrou sua segunda queda consecutiva em setembro, com uma redução de 1,8%, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O boletim de mercado destaca que o resultado reflete uma “redução drástica do abate de fêmeas”, de 12,47%, apesar do avanço de 3,47% no abate de machos. A falta de animais e o alto preço do boi estão entre os motivos para redução no volume da indústria no maior Estado produtor de carne do país.
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As quedas mais expressivas no abate de vacas do Estado foram nas regiões nordeste (-29,31%), noroeste (-27,89%) e médio-norte (-17,27%) do Mato Grosso. O menor abate de fêmeas é um movimento característico do momento atual do ciclo pecuário e acompanha a forte valorização do bezerro neste ano, de mais de 60% na comparação com igual período de 2019.
Com isso, os produtores tendem a investir na produção de animais de reposição. Um sinal disso é o crescimento de 5,76% no rebanho de animais com até 12 doze meses no Estado neste ano, com 4,07 milhões de cabeças – o maior volume dos últimos quatro anos.
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A oferta, contudo, segue aquém da demanda, o que contribui para a valorização não só dos animais mais jovens, mas também das fêmeas. Enquanto a arroba do boi gordo subiu 1,54% na última semana no Mato Grosso, a vaca gorda registrou valorização de 2,2%.
Source: Rural