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(Foto: Thinkstock)

 

A japonesa Ihara anunciou nesta quarta-feira (14/10) quatro novos herbicidas para o combate de plantas daninhas na fase pré-emergente. Denominados “herbicidas do futuro”, as soluções estarão disponíveis no mercado a partir de novembro e podem ser utilizadas ainda nos plantios da safra 2020/2021.

Um dos produtos é o Kyojin, com foco no combate de daninhas resistentes nos plantios de soja e milho, como a buva, o capim pé-de-galinha e a digitaria. Outro é o Falcon, tecnologia que oferece maior assertividade para folhas largas e estreitas para as culturas de cana-de-açúcar, café, citros, eucalipto, pinus e mandioca.

Há, ainda, o Yamato, indicado para o manejo de azevém no trigo, com aplicação no período pré-emergência, e o Ritmo, desenvolvido para plantas daninhas de folhas largas e estreitas na cana-de-açúcar.

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Segundo o professor da Esalq/USP e consultor extensionista na área de biologia e manejo de plantas daninhas da Ihara, Pedro Christoffoleti, a ideia das novas soluções é fazer o combate em fases prematuras e evitar a proliferação de plantas daninhas, o que facilita ações de manejo por parte do produtor.

"O ingrediente ativo principal é a eliminação ou inibição de ácidos graxos, necessários para a formação da membrana celular. A semente de planta daninha, quando vai germinar, ela bebe água e depois solta o caule e a raiz, e precisa do ácido graxo. É aí que o herbicida entra. Esses produtos são usados na pré-emergência da planta”, explica o pesquisador.

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Para Christoffoleti, o cultivo em agricultura de clima tropical e as condições ambientais, como as temperaturas elevadas e a falta de chuvas, tornam o controle de pragas e doenças ainda mais necessários no Brasil. Um exemplo é a planta de buva, com potencial para 20 novas plantas por metro quadrado “As altas temperaturas e o aquecimento tornam as plantas daninhas ainda mais severas e cada vez mais agressivas", observa.

Segundo o gerente de marketing da Ihara, André Nannetti, os principais benefícios dos novos produtos para o mercado é a grande seletividade, eficácia e o longo residual no controle de plantas daninhas, “trazendo maior rentabilidade em detrimento da matocompetição”.

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Ele evitou estimar a redução de gastos com os químicos, já que a eficiência depende de condições de plantio em cada lavoura. No entanto, os resultados das pesquisas apontam para um ganho de produtividade.

"Não podemos prometer nenhum milagre porque sabemos da dificuldade que é no campo. Mas, no caso trigo, ao longo desses 10 anos (de pesquisas para o desenvolvimento), a média de resultado foi de 5,7 sacas a mais (por hectare). Na soja, a média de todos os ensaios é de mais de 4 sacas na média (por hectare)", disse.

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Com investimentos de R$ 200 milhões nos últimos cinco anos e um portfólio com mais de 60 produtos, como fungicidas, herbicidas e inseticidas para mais de 100 diferentes culturas, Nannetti ressaltou que a intenção da empresa é manter o mesmo ritmo no longo prazo.

“A Ihara vem investindo fortemente nos últimos anos. Neste ano, investimos R$ 40 milhões em dois centros de desenvolvimento e R$ 20 milhões para novas soluções”, afirmou. "Nós precisamos que o produtor seja rentável e sustentável para que a gente continue contribuindo para o progresso da agricultura brasileira", completou.
Source: Rural

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