Skip to main content

(Foto: Marco Leal)

 

A Embrapa Agrobiologia (RJ) desenvolveu uma tecnologia com potencial para incrementar a produção de temperos e hortaliças e garantir mais qualidade à agricultura em áreas urbanas.

Chamada de "mudas em stand-by”, a criação oferece mudas de qualidade e substratos apropriados aos produtores caseiros de temperos e hortaliças, além de conhecimentos técnicos para a realização correta da semeadura.

saiba mais

SP terá fazenda vertical de hortaliças com luz de LED, sem solo e que reaproveita água

 

O aumento do tempo de armazenamento das mudas, que pode ser de meses, viabiliza a sua comercialização antes da germinação das sementes. Após passar por testes, a tecnologia aguarda agora o interesse de empresas para validar o uso em larga escala e chegar ao mercado.

A tecnologia aumenta muito a vida de prateleira de mudas de diversas espécies vegetais, de alguns dias para meses, tornando viável a comercialização em supermercados e até mesmo por meio de comércio eletrônico, com envio como encomenda comum pelos Correios

Marco Antônio Leal, pesquisador responsável pelo projeto

A obtenção de mudas por meio da tecnologia de "mudas em stand-by" envolve duas etapas. Primeiro, é realizado o preenchimento do recipiente com o substrato e a semeadura, gerando o produto que será comercializado. A segunda etapa, que é realizada pelo consumidor, envolve o umedecimento e o desenvolvimento da muda em si, o que pode ser feito meses após a primeira fase.

O tempo de armazenamento varia de acordo com a espécie da planta, mas os testes apontaram que é possível guardá-las por, no mínimo, três meses.

“Algumas têm capacidade de sobrevivência maior do que outras. As mudas de tomate, por exemplo, chegaram a ficar até um ano armazenadas antes da germinação. As de couve, por outro lado, suportaram apenas três meses”, diz Marco Antônio Leal, pesquisador responsável pelo projeto.

saiba mais

Maracujá-alho mostra resultado promissor para controlar tremores do mal de Parkinson

 

Testes promissores

Inicialmente, foi feita uma avaliação preliminar de desempenho com cinco espécies de hortaliças e temperos: alface, tomate cereja, couve, manjericão e cebolinha. Porém, o pesquisador diz que, a princípio, a tecnologia pode ser aplicada a qualquer tipo de muda.

“Ela pode contribuir para uma grande expansão do cultivo de hortaliças e plantas aromáticas, medicinais e ornamentais em pequenos espaços dentro do ambiente doméstico”, aponta.

saiba mais

Startup brasileira cria fórmula que pode reduzir em 60% custo de remédio à base de cannabis

 

O cientista também afirma que as "mudas em stand-by" podem contribuir para suprir a crescente demanda por mudas de espécies florestais, em decorrência do novo Código Florestal e dos compromissos de restauração assumidos pelo Brasil.

“Uma das vantagens no uso da técnica pode ser o aumento da diversidade genética das mudas produzidas, ao viabilizar a utilização de sementes oriundas de um maior número de matrizes”, complementa Leal.

saiba mais

Pesquisadores do Paraná criam biofertilizante à base de alga

 

“Apresenta-se também como uma estratégia de produto com maior valor agregado para o produtor de mudas e hortaliças de áreas urbanas e periurbanas. Ela é fruto de pesquisas de longo prazo sobre compostagem e produção de mudas de hortaliças em sistema orgânico de produção, adaptadas à realidade da agricultura urbana”, destaca o chefe da Secretaria de Inovação e Negócios da Embrapa, Gustavo Xavier.
Source: Rural

Leave a Reply