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(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Considerada uma das pioneiras e principais expoentes da agroecologia no Brasil, a agrônoma Ana Maria Primavesi completaria 100 anos neste sábado (3/10). Ela morreu no dia 5 de janeiro deste ano, mas deixou um legado de conhecimento técnico e científico que é referência em manejo do solo para pesquisadores e praticantes desse modo de produção agrícola.

Nascida na Áustria, em 1920, Ana formou-se em seu país de origem (uma das poucas mulheres na universidade em sua época, quando a Europa já vivia sob a ameaça do nazi-fascismo) e mudou-se para o Brasil com o marido, após a Segunda Guerra Mundial. Quando a guerra acabou, Ana tinha 25 anos. Já em terras brasileiras, passou a viver da agricultura. Foram cerca de 80 anos dedicados à ciência e ao campo.

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Vídeo: Lições de Ana Primavesi

 

Hoje, a obra de Ana Primavesi está reunida em um site, lançado em 3 de outubro do ano passado, quando a pesquisadora completou 99 anos. Estão disponíveis artigos científicos, textos técnicos e colaborações com a imprensa feitas ao longo de décadas de dedicação à pesquisa e de conhecimento acumulado. Estão no site também sua biografia e quem foram suas referências de conhecimento.

Biógrafa de Ana Primavesi e organizadora de se eu acervo técnico e científico, a geógrafa e escritora Virgínia Mendonça Knabben, via a pesquisadora como “uma alma jovem num corpo envelhecido que, mesmo se tivesse uma vitalidade para mais 200 anos, não acompanharia uma mente como a dela”, como escreveu, por ocasião da morte da pesquisadora, que via como uma mentora.

“Antes de tombar, nosso jatobá sagrado lançou tantas sementes, mas tantas, que agora o mundo está repleto de mudas vigorosas, prontas a enfrentar as barreiras que a impediriam de crescer. Essas mudas somos todos nós, cada um que a amou em vida, cada um a seu modo”, escreveu Virginia, em texto publicado por Globo Rural.
Source: Rural

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