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Tereza Cristina, ministra da Agricultura (Foto: Marcelo Camargo/ Agência O Globo )

A ministra da agricultura Tereza Cristina sugeriu nesta terça-feira (29/9) que é preciso rever as práticas agropecuárias usadas no Pantanal após o aumento dos incêndios no bioma. “Nós precisamos também rever se estamos fazendo certo, se as práticas agrícolas colocadas ali estão certas”, afirmou Tereza ao lembrar que “o Pantanal, sempre nós tivemos incêndio quando está muito seco, não é uma coisa nova que aconteceu só este ano. Este ano foi numa dimensão desproporcional ao que acontece nos anos passados” afirmou a ministra durante a abertura do Fórum Valor Reconstrução Sustentável, realizado pelo jornal Valor Econômico com apoio do jornal O Globo e da revista Época.

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Tereza Cristina afirmou que as queimadas são “práticas rudimentares” e defendeu a ampliação da assistência técnica e da extensão rural no país como forma de promover a educação e a conscientização de pequenos produtores. “A conscientização é importantíssima, as práticas mais modernas são importantíssimas. Só falar mal não adianta”, explicou a ministra ao destacar que os produtores do pantanal foram os mais prejudicados pelo fogo. “Temos que separar o joio do trigo. Será que o produtor pantaneiro, o homem pantaneiro, está feliz com esses incêndios que estão ocorrendo lá? A grande maioria dos pantaneiros terão prejuízos enormes”.

Novos focos

Diante das condições climáticas previstas para os próximos quinze dias na região, a Tereza Cristina afirmou que é esperado um novo aumento no número de focos de incêndio no Pantanal ao longo dos próximos dias. “Então ,onde está supostamente apagado, os focos as vezes voltam e se alastram com o vento”, reconheceu a ministra ao lembrar que a região passa por sua pior seca dos últimos cinquenta anos. “Incêndios acontecem, o que precisamos ter é ferramentas para controlar e coibir quando esses incêndios são maiores, numa época como estamos vivendo hoje, de muita seca”, disse.

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Ainda de acordo com a ministra, o governo está preparando uma ferramenta para analisar os casos de desmatamento no país a partir dos dados do Cadastro Ambiental Rural. “Tem gente que, travestido de produtor rural, pega áreas, abre areas. Na Amazônia ainda tem muitas terras públicas não destinadas. E tem produtor rural que está abrindo áreas que ele tem direito. O CAR é a grande ferramenta que temos pra isso, que já tem o cadastro e estamos praticamente começando a rodar um programa pra gente saber exatamente quem está fazendo o que”, revelou a ministra.
Source: Rural

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