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(Foto: Editora Globo)

 

O consumo de carne suína na China deve cair 20% neste ano e chegar ao menor nível desde 1997, segundo previsão do banco holandês Rabobank por causa dos efeitos da peste suína africana (PSA) e o consequente aumento de preços do produto. Essa queda deve refletir no consumo total de carnes pelos chineses – somando com frango, bovinos e ovinos – que deve ser de 54 quilos por pessoa, em média, o menor nível desde 2008.

“Os consumidores chineses se mostram mais aptos a se adaptarem rapidamente a mudanças de mercado. A principal razão disso é porque a proteína animal não é, tradicionalmente, tão essencial quanto os grãos para a dieta da maioria dos consumidores chineses”, explica a instituição financeira em estudo publicado nesta terça-feira (15/9). A partir dos dados de preço e demanda do país, o Rabobank aponta que as vendas no país tendem a cair quando o preços passam de 30 yuans o quilo. 

“Todas as outras proteínas se tornaram substitutas à carne suína, dada a forte queda na oferta em 2019 e 2020. Nos próximos dois anos, particularmente em 2021, os preços do produto no mercado interno devem se manter próximos ou acima de 40 yuans o quilo e o consumo de carne suína continuará elástico ao preço e, portanto, permanecer baixo”, conclui o Rabobank ao apontar oportunidades para a substituição de proteínas no consumo do país.

 

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Entre as carnes mais beneficiadas pelas mudanças nos hábitos de consumo dos chineses após a peste suína africana, o banco holandês destaca o frango, a carne bovina . “Devido à crescente substituição observada agora, a carne bovina está experimentando atualmente uma importante oportunidade de penetração no consumo doméstico que, no passado, foi menos importante que os canais de foodservice para as vendas no país”, aponta o banco.

Com isso, a previsão do Rabobank é de que o consumo de carne suína na China mantenha-se em patamares inferiores ao observado antes do surgimento da peste suína africana no país. “Nós provavelmente veremos o consumo de carne suína começar a se recuperar em 2021. De qualquer forma, nós acreditamos que ele não deve retomar os níveis observados em 2014 (de 43 quilos por habitante ano) ou mesmo de 2018 (de 40 quilos por habitante ano); ele vai, provavelmente, manter-se abaixo de 37 quilos em 2025”, conclui o banco.
Source: Rural

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