(Foto: Ernesto de Souza/Ed.Globo)
O abate de suínos totalizou 12,10 milhões de suínos no segundo trimestre deste ano, aumento de 6,2% em comparação com o mesmo período no ano passado e 1,8% a mais que nos primeiros três meses deste ano. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a instituição, a demanda externa e aumento das exportações de carne suína contribuíram para o resultado, mesmo diante das incertezas trazidas pela pandemia de coronavírus. Só no mês de junho, o abate representou um novo recorde mensal na série história do IBGE.
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Em números absolutos, o aumento nos abates foi de 708,61 mil cabeças na comparação do segundo trimestre de 2020 e o período em 2019. Dos 25 estados participantes do levantamento, em 11 foi registrado volume abatido maior de suínos.
Os mais significativos foram Santa Catarina (+371,44 mil cabeças), Paraná (+230,33 mil cabeças), Minas Gerais (+138,38 mil cabeças), Mato Grosso (+41,83 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+29,04 mil cabeças) e São Paulo (+2,51 mil cabeças).
De outro lado, houve quedas no Rio Grande do Sul (-76,49 mil cabeças) e Goiás (-47,09 mil cabeças). No ranking nacional, Santa Catarina respondeu por 28,4% do volume nacional, seguido por Paraná (20,8%) e Rio Grande do Sul (16,6%).
Frango
Se nos suínos, as exportações ajudaram a minimizar os efeitos da pandemia, o mesmo não se pode dizer do frango. De acordo com o IBGE, o abate caiu 1% em comparação com o segundo trimestre de 2019 e 6,8% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Entre abril e junho de 2020, firam 1,41 bilhão de cabeças.
“Efeitos da pandemia da COVID-19, como paralisações temporárias devido ao contágio, que impactaram a produção dos frigoríficos, ajudam a explicar as quedas registradas”, afirma o Instituto.
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A diferença do segundo trimestre deste ano para o período no ano passado foi de 14,17 milhões de cabeças. Houve redução no abate em 12 dos 25 estados que participam do levantamento.
As maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Sul (-20,75 milhões de cabeças), Goiás (-13,75 milhões), Santa Catarina (-8,35 milhões), Pará (-2,96 milhões) e Mato Grosso (-2,47 milhões). De outro lado, houve crescimento no Paraná (+25,12 milhões de cabeças), Minas Gerais (+3,21 milhões), Bahia (+2,36 milhões), Mato Grosso do Sul (+2,28 milhões) e São Paulo (+1,45 milhões).
A maior participação nos abates de frango em nível nacional é do Paraná, com 34,2% do total, seguido por Santa Catarina (13,8%) e Rio Grande Sul (12,9%).
Source: Rural