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Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente: "Queremos que as empresas venham ajudar nas unidades de conservação" (Foto: Ministério do Meio Ambiente/ Divulgação)

 

Em reunião virtual realizada pela Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) nesta terça-feira (25/8), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cobrou que a iniciativa privada deve participar mais da proteção da Amazônia em vez de apenas criticar a gestão do bioma.

“Nós queremos que as empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, venham ajudar a cuidar das unidades de conservação”, ele diz. Como exemplo, Salles citou o programa Adote um Parque, que cuida destas unidades.

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Para ele, um modelo factível é que os bancos repassem recursos para cuidar de parques nacionais, o que também vai ao encontro das movimentações de grupos empresariais, a exemplo da carta enviada ao governo federal pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

“O ponto focal que faz falta aos planejamentos é reconhecer o papel da iniciativa privada no aspecto de sustentabilidade da Amazônia”, reforça o ministro.

Outra solução sugerida por Salles é o incentivo ao pagamento por serviços ambientais (PSA), já que diferentes públicos usufruem do que o bioma oferece, mas são os produtores locais que precisam arcar com custos de proteção, como as Áreas de Preservação Permanente (APPs).

“O programa de PSA do programa federal, que já está em funcionamento, é justamente para ter em paralelo às ações de comando e controle, tendo um incentivo para quem faz as coisas direito”, disse ao ser referir ao programa Floresta+, que visa usar um aporte de R$ 500 milhões para quem preservar a floresta nativa brasileira.

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Salles ainda ressaltou que para que aconteça o desenvolvimento sustentável da Amazônia é preciso ser resolvida a implementação do Código Florestal, assim, empresas se sentirão mais seguras de investir na região.

De acordo com o ministro, a punição dos desmatamentos e queimadas ilegais também está condicionada ao código. “Se não há proprietário da terra não há para quem você impor as regras do Código Florestal, então uma medida precedente do Código é a titularização das terras.”

"Desinformação"

Quem também esteve no encontro virtual foi o senador do Acre, Marcio Bittar (MDB), integrante da bancada ruralista. Durante sua participação, ele afirmou ser contra a reserva legal e disse que a afirmação de a Amazônia ser “o pulmão do mundo” é desinformação. “A Amazônia não é o pulmão do mundo, não tem essa história de rios voadores. a Amazônia não é responsável pelo clima do Brasil. Isso é desinformação”, disse.

Com este discurso, Bittar garantiu confiar no ministro do Meio Ambiente. “É um privilégio gozar da amizade do Ricardo Salles, ele me representa”, confirmou o senador dizendo que o Brasil vive “um sistema comunista na área rural, particularmente na Amazônia”.
Source: Rural

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