Skip to main content

Nuvem combatida no município de Cañada de Luque, na província de Córdoba (Foto: Senasa)

 

Autoridades fitossanitárias argentinas realizaram uma nova operação aérea neste domingo (23/8) no município de Cañada de Luque, na província de Córdoba, para combater uma das nuvens de gafanhotos presente no país. Na última semana, o Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) disse que haviam 7 nuvens ativas e duas controladas.

"Foi concluído um controle aéreo em cerca de 140 hectares em Cañada de Luque, produto do trabalhos de monitoramento e marcação que foram realizados no sábado (22/8), com bons resultados", afirmou o Senasa neste domingo. 

A agência informou também que parte da nuvem estaria na localidade de Capilla de Sitón, próxima à rota 32, a cerca de 21 quilômetros para o norte de Cañada de Luque. No entanto, os insetos voltaram a se deslocar para o sul. Mais tarde no mesmo dia, o engenheiro chefe do programa de combate aos gafanhotos do Senasa, Hector Emilio Medina, disse que a nuvem se encontrava nas redondezas da comunidade de Tinoco.

Sete grupos de gafanhotos estão nas províncias de Salta, Santiago del Estero e Córdoba. Eles são considerados divisões das nuvens que saíram da região do Chaco, no Paraguai, em direção à Argentina nas últimas semanas.

saiba mais

Vídeo mostra gafanhotos "bloqueando" estrada no interior da Argentina

Três vezes maior, nova espécie de gafanhoto faz Argentina decretar alerta fitossanitário

 

Uma das nuvens controladas é a que estava a 90 quilômetros da fronteira com o Brasil e a 20 quilômetros do Uruguai. A outra foi resultado de operações com químicos em Santiago del Estero – os técnicos informaram que existe a suspeita de um oitavo grupo em Tucumán, o que poderia totalizar a incidência de 10 nuvens desde o fim de maio.

Mesmo com a grande quantidade de gafanhotos, não há o risco imediato para o Brasil, avaliam técnicos. “Não temos uma preocupação grande, apesar de mantermos o alerta. Conforme a situação está se desenhando, as nuvens permanecem em território argentino, como aconteceu em anos anteriores”, afirmou o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ricardo Felicetti.

No ano passado, a Argentina chegou a ter 8 nuvens em deslocamento no país, sem ameaça da entrada no território brasileiro. Entretanto, o temor de autoridades brasileiras e entomologistas é que temperaturas mais altas com o fim do inverno, em meados de setembro, possa gerar condições mais propícias para o deslocamento da praga.
Source: Rural

Leave a Reply