(Foto: The Body Shop Brasil/Divulgação)
Bananas, peras e outras frutas que seriam descartadas pela indústria alimentícia agora ganham um novo e cheiroso uso. A companhia inglesa The Body Shop tem vendido desde junho no mercado brasileiro sua nova linha de espumas de banho produzidas com frutas e óleos de sementes rejeitados para venda.
As espumas levam ingredientes de segunda linha que seriam inutilizados, assim como óleos de morango e de manga obtidos na fabricação de sucos. Ao todo, são quatro blends corporais – como são chamadas as misturas – vendidos a R$ 73,90 no e-commerce e nas lojas físicas: banana, pera, frutas vermelhas e manga.
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Débora Gentil, gerente de comunicações e treinamento da The Body Shop Brasil, explica que os ingredientes utilizados são provenientes de resíduos de alimentos, frutas e vegetais que, por sua vez, são biprodutos de outras indústrias ou produtos estranhos.
“Por exemplo, a semente de morango em nossa Mistura de Banho de Berry é feita de sementes que sobram da fabricação de geleias”, destaca.
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Para a fabricação dos produtos, a equipe do laboratório da marca de cosméticos já recebe tais resíduos na forma de óleos e extratos, o que significa que podem ser usados de forma segura no processo de obtenção das espumas.
De acordo com a empresa, o mix de frutas e vegetais é rico em vitaminas e antioxidantes, com componentes hidratantes que penetram na pele e oferecem alta durabilidade.
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Sustentabilidade
Segundo a gerente de comunicações e treinamento da The Body Shop, a ideia de sustentabilidade para a nova linha é embasada em experiências anteriores, a exemplo do purê de banana orgânica que já era usado pela marca.
“Nosso xampu é feito de banana de segunda linha ou produzida por pequenos agricultores no Equador, que normalmente não seria vendida como banana inteira fresca para exportar”, informa Débora.
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Assim, os ingredientes da espuma de banho são baseados no mesmo purê de banana equatoriana, bem como frutas e vegetais danificados, e óleos de sementes não comestíveis.
“A obtenção de ingredientes cosméticos com essa origem pode ajudar a diversificar os mercados finais para fornecedores de frutas e vegetais enquanto faz um bom uso econômico de diferentes partes das plantas”, afirma a gerente.
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Óleo de babaçu
Além do reaproveitamento das frutas e de óleos de sementes, a marca tem outra iniciativa que visa o comércio justo no Brasil, em uma cooperativa de mulheres no Maranhão que fatura em euros com a exportação do óleo de babaçu.
A marca inglesa possui um acordo com a cooperativa local que fomenta o trabalho de fornecedores sustentáveis para seus produtos com base em um programa chamado Community Trade.
Source: Rural