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(Foto: Getty Images)

 

Maior produtor e exportador brasileiro de aves e responsável por cerca de 40% das exportações do país, o Paraná registra 4.717 casos confirmados de Covid-19 entre trabalhadores de frigoríficos, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado (SESA) com base no cadas do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (Cest). O órgão contabiliza quatro mortes entre trabalhadores e outras duas de pessoas que entraram em contato com profissionais que foram infectados.

Segundo a Cest, o Paraná possui 103.415 trabalhadores em indústrias de proteína animal distribuídos em 106 frigoríficos com mais de 50 funcionários. A secretaria de Saúde do Estado também identificou outros 178 empresas menores, com dois casos confirmados.

Entre as unidades maiores, com mais de 500 trabalhadores, das 43 plantas presentes no Paraná, 32 apresentaram casos de Covid-19. Na maior delas, da BRF, em Toledo, o número de trabalhadores que tiveram contato com o novo coronavírus chama atenção: 1.162 casos confirmados desde o início da pandemia e uma morte.

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Em nota, a empresa afirmou “que não há nenhum colaborador testado positivamente para Covid-19 trabalhando atualmente em suas unidades”. A BRF tem adotado como protocolo de segurança sanitária a testagem contínua de seus colaboradores em todas as suas unidades. Em Toledo, a empresa afirma que realizou 11 mil testes em 97% dos funcionários, incluindo terceirizados.

“A aplicação de testes faz parte do conjunto de medidas que a Companhia vem implementando, desde o início da pandemia, com o objetivo de preservar a saúde de todos os seus colaboradores, de seus familiares e da comunidade, e manter as operações de modo seguro”, explicou a BRF.

Nova resolução

A testagem em massa de trabalhadores chegou a ser obrigatória para a retomada de atividades em frigoríficos paranaenses com surto de Covid-19. Em resolução publicada 30 de junho, a Secretaria de Saúde do Estado estabeleceu uma série de medidas de controle e prevenção da doença em empresas do setor de proteína animal, mas revogou os protocolos cerca de um mês depois em meio a pressão da indústria pela adoção da portaria interministerial nº 19, mais flexível em relação às medidas de distanciamento.

Desde 31 de julho, contudo, uma nova resolução da SESA passou a vigorar no Estado. As novas normas adequaram o distanciamento mínimo, de 2 metros adotados no protocolo anterior, para um metro “sempre que possível”. Quando não for possível manter essa distância, as indústrias paranaenses deverão implementar uso de “máscaras do tipo PFF2 ou N95 combinadas com máscaras de acetato do tipo face shield ou óculos de proteção ou anteparos físicos de material impermeável, colocados entre os postos de trabalho”.
Source: Rural

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