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(Foto: Editora Globo)

 

A Maxwell Foods, subsidiária da Goldsboro Milling Co., anunciou que encerrará suas operações de suínos em 2021, após mais de 31 anos no setor. Em nota, a empresa citou os baixos preços pagos e os efeitos da pandemia de COVID-19 como fatores de perdas financeiras atuais e projetadas, que tornaram insustentável a permanência na atividade.

A empresa adotará uma abordagem em fases com base em ciclos de cultivo, e os contratos atuais com os produtores serão honrados. O comunicado diz que todas as operações devem ser encerradas em meados de 2021.

O Conselho de Carne Suína da Carolina do Norte também divulgou um comunicado, dizendo-se “profundamente entristecido pelas condições econômicas persistentes e insustentáveis” que resultaram na difícil decisão da Maxwell Foods de encerrar as operações.

“A Maxwell Foods e sua rede de agricultores familiares têm sido uma parte importante e vital das comunidades do leste da Carolina do Norte e de sua estabilidade econômica. A família Maxwell, sua equipe executiva, seus funcionários e seu sistema de família de fazendas estão todos na vanguarda do progresso contínuo na produção de produtos suínos seguros, de qualidade e acessíveis que são apreciados aqui na Carolina do Norte – e em todo o mundo”, diz a entidade na nota.

Segundo o Conselho, eles estariam otimistas de que a abordagem em fases permitirá que os funcionários encontrem outras oportunidades na pecuária e que as aproximadamente 150 fazendas contratadas no sistema Maxwell Foods encontrarão opções sustentáveis para continuar as operações.

México

Do outro lado da fronteira, a demanda do consumidor no varejo continua impulsionando o aumento da produção de carne suína no México. As medidas preventivas Covid-19 dos frigoríficos permitiram que a produção de carne suína do México continuasse sua tendência de crescimento para atender a essa demanda, especialmente de março a junho de 2020, segundo um relatório recente do USDA Foreign Agricultural Service (FAS).

A perda de empregos e a diminuição da renda estão fazendo os consumidores trocarem as fontes mais caras de proteína animal, como carne bovina, para fontes mais acessíveis, como carne de porco e frango, diz o relatório. Além disso, os hábitos de compra estão mudando e estimulando os processadores de carne suína a oferecer mais opções. De acordo com o documento, há mais demanda de famílias solteiras que desejam refeições mais rápidas e fáceis, tornando os cortes porcionados mais relevantes, de acordo com o documento.

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“Versatilidade, conveniência, sabor e variedade de opções tornaram-se tendência entre a classe média urbana em expansão, impulsionada pela pressão para economizar tempo, buscar valor agregado e ter maior comodidade para aquecer e servir refeições”, observa o relatório. “No entanto, em áreas mais rurais com populações de renda geralmente mais baixa, continua prevalecendo o abate de quintal para consumo doméstico”.

Além disso, os exportadores de carne suína descobriram novas oportunidades de mercado na China e continuam cumprindo os rigorosos requisitos de mercado do Japão e da Coreia do Sul, afirma o relatório. O México continua sendo um importante parceiro comercial de bovinos para os EUA. Os exportadores mexicanos de carne bovina e suína estão atendendo à crescente demanda por carne vermelha.

No primeiro trimestre deste ano, as importações de carne suína do México aumentaram 9,9% em comparação com o mesmo período de 2019, com um aumento de 14,7% nas importações de carne suína dos EUA. No ano passado, as importações do país de carne suína totalizaram 2,3 milhões de toneladas devido à forte dependência dos processadores mexicanos para satisfazer as necessidades de matéria-prima, explica o relatório.
Source: Rural

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