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(Foto: Globo Rural)

 

“O desmatamento não é resposta para atividade econômica”. A afirmação é de Denise Hills diretora global de sustentabilidade da Natura, marca integrante do grupo multinacional Natura Co, que detém também Avon, The Body Shop e Aesop, ambas no setor de cosméticos.

Para ela, a associação que se faz de derrubar a floresta para a geração de renda das comunidades locais não se sustenta. “É como se a floresta não pudesse produzir riqueza e só o desmatamento produzisse”, argumenta, durante entrevista à Globo Rural. A companhia adotou como meta zerar suas emissões líquidas de carbono até 2030.

Em 2019, a multinacional contou com 33 comunidades de relacionamento na Amazônia, o que representa cerca de 20,5 mil pessoas. Bioativos como cumaru, breu branco, copaíba e ucuuba são cultivados e coletados por estas comunidades extrativistas, que muitas vezes também colaboram com o estudo dos frutos e sementes. Ao todo, empresa utiliza 40 ativos da biodiversidade brasileira. 

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A fim de alertar sobre esta vocação do bioma, a Natura foi uma das signatárias de uma carta em conjunto com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) endereçada ao governo federal pedindo o fim do desmatamento na Amazônia. “Grande parte das emissões brasileiras vêm do desmatamento, e a gente vê crescendo não apenas o desmatamento, mas o fogo nas florestas”, diz Denise.

Organizações que já são altamente emissoras de carbono nas atividades produtivas sabem que há um risco reputacional, além do prejuízo ao meio ambiente, afirma a executiva. Por isso, em paralelo à cobrança aos governos, Denise acredita que iniciativas privadas devem partir desta conscientização.

“Redução ou compensação [de carbono], quando não é possível reduzir, gera impacto relevante para a atividade humana no mundo, inclusive para a agricultura, por causa das mudanças climáticas e regime de chuvas”, salienta.
Source: Rural

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