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(Foto: USDA/CCommons)

 

O mercado de seguro rural facultativo cresceu cerca de 40% nos cinco primeiros meses deste ano, que deve encerrar com 15 milhões de hectares cobertos. Para 2021, com os aportes do Plano Safra 2020/2021, deve atingir 21 milhões de hectares segurados.

Os dados foram divulgados por Ivandré Montiel da Silva, presidente da BrasilSeg, empresa da BB Seguros, holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil. Para o seguro rural de 2021, o governo disponibilizou R$ 1,3 bilhão, valor que deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices.

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“Existe uma nova percepção do produtor rural em relação ao seguro. Isso pode ser facilmente demonstrado no nível de tomada de seguro rural facultativo nesses cinco primeiros meses do ano. O mercado cresceu 40% (nesse período)”, disse Silva, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio 2020, na segunda-feira (3/8).

Segundo ele, entre 2019 a 2020, as seguradoras pagaram de sinistro cerca de R$ 13,6 bilhões em indenizações aos produtores rurais. “Em especial, neste ano, tivemos uma seca muito grande no Rio Grande do Sul, onde houve uma grande quantidade de indenizações pagas aos produtores rurais”, destacou Silva.

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Nos primeiros cinco primeiros meses deste ano, o Sicredi registrou um aumento de 60% de seguros em área de lavoura em comparação com mesmo período de 2019, e de 77% em importância segurada no segmento agrícola nos Estados do Paraná e São Paulo.

Dados do Sicredi mostram ainda que, em todo o Brasil, o seguro agrícola disponibilizado pelas cooperativas filiadas à instituição financeira evitou mais de R$100 milhões em prejuízos aos associados nos últimos 12 meses, principalmente em virtude de seca. Deste total, cerca de R$ 14,2 milhões foram destinados a produtores associados no Paraná e em São Paulo.

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“Os seguros rurais permitem que os produtores possam investir com mais tranquilidade em sua atividade, mantendo-se competitivos no agronegócio, mesmo sob condições de perda patrimonial ou eventual frustração de safra. Traz estabilidade financeira para o negócio, garantindo que os recursos investidos na implementação da lavoura sejam ressarcidos em eventual perda decorrente de eventos climáticos garantidos na apólice”, explica o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Devanir Brisola.

A Sicoob também registrou um crescimento de 34% em importância segurada no primeiro semestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019. Em junho, os valores foram quase cinco vezes maiores do que os contratados em abril. O Estados que mais contrataram seguro no primeiro semestre de 2020, em volume de prêmio, foram Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, respectivamente.

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De acordo com o diretor de Produtos Balcão, Commodities e Novos Negócios da B3, Fábio Zenaro, o reconhecimento, por parte dos produtores, do seguro rural como um dos principais instrumentos de mitigação de risco climático tem impulsionado o mercado de seguro voluntário, que pode trazer uma redução importante do custo do financiamento.

“O que todos os atores da cadeia querem é um negócio rentável, que sua safra gere mais receita do que custo. A realidade do seguro para a garantia de crédito dos pequenos produtores é uma conquista dos últimos anos, muito pelo direcionamento do governo e também pelas cooperativas, especialmente no Paraná, que tornaram esse um instrumento importante de mitigação de risco. E o que a gente vê é o aumento de 24% na contratação do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor)”, ressaltou Zenaro.

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“A melhor forma de melhorar esse processo é associando empresas, universidades, o que tem de vanguarda no setor ambiental, que vai nos possibilitar uma leitura um pouco mais consistente do cenário futuro. As empresas que não olharem esse risco climático dentro do seu negócio, com certeza, ali na frente, vão sofrer nos seus resultados”, comentou o presidente da BrasilSeg.

A preocupação se estende também para segmento de seguros de vida para trabalhadores do campo. MAG Seguros, que tem um forte braço no cooperativismo do agronegócio, tem uma linha voltada para a distribuição de seguro de vida (incluso no seguro rural) por cooperativas.

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No primeiro semestre deste ano, houve um aumento de 40% na comercialização de seguros por cooperativas em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, a companhia está desenvolvendo um portfólio 100% voltado para o profissional do campo.
Source: Rural

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