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(Foto: JBS/Divulgação)

 

Nos últimos dois meses, a China suspendeu de forma unilateral a autorização de exportação de carne de 15 frigoríficos de seis diferentes países, dos quais cinco eram de empresas brasileiras. Ou seja, um em cada três vetos chineses por causa de Covid-19 envolve plantas do Brasil.

De acordo com comunicados emitidos pela Administração-Geral de Aduanas da China (GACC, na sigla em inglês) desde o início de junho, 36 frigoríficos de 11 países deixaram de exportar para o mercado chinês, sendo que 21 suspenderam os embarques de forma voluntária.

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No Brasil sete frigoríficos deixaram de exportar para a China desde o final de junho. Os cinco vetados pelos chineses foram unidades da JBS em Três Passos (RS), da Minuano em Lajeado (RS), da Marfrig em Várzea Grande (MT) e duas da BRF em Lajeado (RS) e Dourados (MS), sendo esta última a mais recente, anunciada na quarta-feira (29/7).

Os outros dois casos são de frigoríficos que pararam de vender à China de forma voluntária: o Agra, de Rondonópolis (MT), e o abatedouro da JBS em Passo Fundo (RS). De acordo com analistas, essa medida é uma forma de antecipar-se à suspensão chinesa e, assim, ter maior facilidade para retomar os embarques.

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Dos sete casos envolvendo frigoríficos brasileiros até agora, só em um as exportações voltaram a ser autorizadas. A China reabilitou no dia 18 de julho a compra de carne bovina do Agra. O número de retomadas, entretanto, difere de concorrentes estratégicos no mercado.

É o caso da Argentina. Na quarta-feira (29/7), a China reabilitou três frigoríficos do país, dois de carne bovina e um de aves. Até o momento, os argentinos retomaram as exportações de quatro das nove suspensões – todas voluntárias – ocorridas desde junho.

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Em uma dessas suspensões argentinas, a pausa nas exportações durou menos de duas semanas: os embarques pararam voluntariamente em 16 de julho e foram retomados no último dia 29.

Embora tenha mais plantas desabilitadas – nove, no total -, a Argentina não teve nenhum frigorífico vetado por iniciativa das autoridades chinesas. O mesmo ocorre com outros três mercados: Austrália, Reino Unido e Itália.

No total, a China já retomou a importação de sete frigoríficos que suspendeu desde junho. Além dos quatro argentinos e do frigorífico Agra, no Brasil, estão na lista uma unidade alemã e uma holandesa, reabilitadas no último mês. Com isso, 29 empresas de 11 países estão vetadas temporariamente de exportar carne à China devido à Covid-19.

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Balanço

A China registrou 21 suspensões voluntárias de embarques de carne desde a segunda quinzena de junho. Elas partiram de unidades de Argentina (9), Alemanha (3), Austrália (2), Brasil (2), Reino Unido (2), Holanda (1), Itália (1) e Espanha (1).

Por outro lado, os chineses vetaram a importação de 15 frigoríficos no Brasil (5), Holanda (4), Alemanha (3), Irlanda (1) e Estados Unidos (1). Desde junho, o país asiático reabilitou apenas sete abatedouros na Argentina (4), Alemanha (1), Holanda (1) e Brasil (1).
Source: Rural

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